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terça-feira, 6 de junho de 2023
. . . o podcast de hoje
. . . o homem do chapéu e o decreto do prefeito por sua conta e risco
. . . um depoimento dramático (*)
"Venho por este meio contar para vocês o que está acontecendo comigo e com minha filha gestante. Precisei usar as redes sociais porque se não expusermos nada muda. No dia 03/06/2023 estive com minha filha gestante em trabalho de parto por volta das 21:00h no Hospital Santa Rosa de Lima em Serra Negra. Ela foi atendida e foi comunicada pela equipe hospitalar que não havia equipe obstetra para realizar o procedimento. Esperamos por volta de 2 horas para sermos atendidas e assim ela foi transferida para o Hospital Ana Cintra em Amparo, onde o médico avaliou e não quis fazer o parto devido a paciente estar com autorização a laqueadura. Segundo ele o caso dela não era emergência, ele só realizaria o procedimento se ela estivesse com sangramento ou se houvesse rompimento gestacional. Assim voltamos para casa, para a paciente ficar em repouso absoluto e retornar ao hospital de Serra Negra se precisasse. Obs: A PACIENTE JÁ ESTAVA EM TRABALHO DE PARTO.
A falta de uma equipe de obstetrícia em um hospital é um absurdo! Sendo assim ela continuou com contrações e ainda está. Hoje fomos ao Hospital Santa Rosa de Lima novamente, por volta das 6:00h onde ela passou por avaliação de dois médicos plantonistas. Um dos médicos passou a informação de que novamente não havia equipe de obstetrícia para atendê-la, muito menos para fazer o parto. O primeiro médico que a examinou atestou que ela estava com dois dedos de dilatação para o parto. O segundo médico a examinou e não conseguiu chegar em um diagnóstico sozinho, disse que precisaria da opinião da obstetra que estava a distância. Além do médico tentar escutar o coração do bebê no lado contrário da barriga. Resumindo, falei com a enfermeira chefe onde ela me passou que a obstetra poderia fazer a cesária somente dia 7/06.
Agora pergunto para vocês, se nesse intervalo de tempo houver algum problema com o bebê ou com a minha filha, a responsabilidade vai ser de quem? É um verdadeiro descaso, onde pagamos impostos para uma fonte de milhões mas temos um hospital de centavos. A população merece um hospital e atendimento digno. Nunca me senti tão humilhada por essa administração em relação à saúde, sou servidora pública, respeito as leis e pago meus impostos. A única coisa que exijo é um tratamento de qualidade para nossas gestantes e recém-nascidos. É o mínimo que pedimos!!!
Espero que esse depoimento sirva como um alerta à população serrana, onde quem não tiver dinheiro para pagar um médico particular, espera até correr risco de vida, para que possa ser feita alguma coisa.
Ass.: M. F."
(*) Sempre lembrando que o espaço está aberto a quem de direito.