. . . a sessão de ontem

--- Começou (pra variar) atrasada, bem atrasada, às 19:48 hs. Vereadores estavam em reunião... Pergunta: Por que não se reúnem fora do horário da sessão que só acontece uma vez por semana? Aí durante a sessão receberam a visita do prefeito de Amparo e houve "10 minutos" de interrupção, inclusive para foto, que, como sempre, durou 20 minutos. As sessões, pois houve a extraordinária que durou 1 minuto, terminaram às 23:15 hs. Duração, descontando a interrupção = 3 horas e 7 minutos.

* Quorum: 100%

* Ninguém entrou quieto e saiu calado, porém os Vers. Rita e Bertevello tiveram apenas uma participação verbal bem rápida e o Secr. Nestor fez suas leituras abusando hoje do direito de gaguejar. Deveria dar uma lida antes em tudo para não gaguejar tanto, o que irrita quem está ouvindo, o que não é o caso dos demais vereadores que pouco prestam atenção ou porque não se encontram no recinto ou porque estão com conversas paralelas entre si.

* Hoje, coisa rara, edis usaram a tribuna e o primeiro foi o agora oposicionista Eduardo que depois que trocou de lado está mais audaz em suas manifestações. Fez sérias acusações contra o atendimento médico no PS do Hospital relatando que o plantonista estava atendendo com fone no ouvido, que não sabia (incrível) o que era "região lombar" e até ligou para colega para saber o que fazer. Será que é mais um caso de plantonista que não é médico como já aconteceu? Isso tudo além das grandes demoras para atendimento aos pacientes. Se essas acusações forem verídicas é caso de polícia. O fato de estar atendendo sem jaleco é irrelevante. Participação em aparte do Waguinho que trabalha no Hospital dando total apoio às palavras do Eduardo. Aparte do Roberto acusando que com a nomeação do Nei voltou-se a fazer política dentro do Hospital. É..... o Nei vai ter que ter jogo de cintura e demonstrar competência para tentar resolver e administrar isso tudo e, se possível, rapidamente.

* Paulão reforçou, como sempre, as reclamações contra o PS acrescentando a falta de médicos também nos Postos de Saúde da Prefeitura, dizendo que ficam falando muito em asfaltamentos, em academias e o mais crucial que é o atendimento médico para a população, não se resolve e que tornou-se indispensável que haja dois médicos nestes atendimentos.

* Toco reclamou da falta de respeito do Executivo em relação ao Legislativo e disse textualmente "Não somos quintal da Prefeitura e nem apenas uma de suas secretarias" o que foi apoiado (e isso já é de longa data) pelo Roberto devido às respostas pífias e curtas aos requerimentos pedindo informações ao prefeito. Lembrando que até hoje não veio a resposta convincente e detalhada do arrombamento na gaveta do advogado dentro da Prefeitura. Lei?... Ora a lei...

* Se há uma coisa que irrita os munícipes e que deveria ser abolida, são os requerimentos de congratulações e aplausos. É uma bajulação sem tamanho, muitas vezes demagógica. Nesta sessão mais uma vez o tempo perdido com isso foi descabível e o número de requerimentos deste tipo superou os realmente sérios e importantes. Ontem o Ver. Marquezini então extrapolou... Sem contar as enfermeiras, pessoal da educação, famílias, devido aos dias dedicados a eles no calendário, pasmem, cumprimentos a TODAS as mães serranas pelo seu dia. Não que não mereçam, muito pelo contrário, mas diz o projeto que se dê ciência, após a decisão da casa, a cada uma delas... quer dizer... teria, a rigor, que se mandar comunicação escrita individual a TODAS as mães serranas. Impraticável!!! Ou então que se mude o texto do projeto. Sem contar também o que se gasta com tempo de funcionário, material e correio. Atitude típica de ano eleitoral. Deveria ser posto um freio nisso. Pega muito mal para a Câmara.

* Marquezini ocupou a tribuna para reforçar a necessidade de mais uma médico plantonista. Fez até um levantamento orçamentário para isso. Quando ele se dirigia à tribuna os dois líderes do governo Rita e Demétrius se retiraram do recinto, só voltando pouco antes do final de sua manifestação numa atitude lamentável, desrespeitosa e antidemocrática para com o colega. Coube até reprimenda do Marquezini. Lembrou mais uma vez das lâmpadas queimadas na cidade toda e criticou com toda razão a empresa terceirizada que não resolve o problema, que a Prefeitura deveria assumir essa cobrança e não o munícipe através do 0800 e que no tempo da CPFL era a companhia que fazia a devida vistoria. Esgotou seu tempo para comunicar sua absolvição no processo que o Vice Felipe abriu contra ele, destacando trecho do Juiz em que ressalta os valores e obrigações do Poder Legislativo.

* Roberto da tribuna reclamou da demora do Presidente Danilo em colocar em discussão e votação vários de seus projetos que estão engavetados, embora agradecendo ao presidente pelos projetos seus que já foram liberados. Pela primeira vez vimos o Danilo se exaltar e sair do sério em defesa de sua conduta nesta seleção do que deve ou não ser liberado. Só faltou dar murro na mesa. Aí, quando o Roberto falava sobre retaliações, uma munícipe na platéia tentou se manifestar. O Danilo que já estava nervoso, mandou que ela se calasse dizendo que isso é proibido. Era uma moça que estava saindo em defesa do que eu sei de que se trata e que deverá ser oportunamente comentado aqui no blog e envolve o Legislativo. Interessante lembrar que outro dia o Presidente Danilo não teve a mesma conduta corajosa de não permitir a manifestação popular porque a casa estava cheia. A lei, dizem, deve ser igual para todos, estejam ou não em grande número. Dois pesos e duas medidas e aqui foi advertido do perigoso precedente aberto naquela sessão. Rita e Demétrius novamente ficaram bom tempo ausentes no pronunciamento do Roberto, que também reforçou sobre os requerimentos mal respondidos pelo prefeito, falou sobre as falhas na iluminação púbica e denunciou o que este blog vem reclamando há anos, inclusive com fotos, que é a grande poluição visual da cidade, com aparte do Toco que lembrou essa atuação do blog e citou a descabida quantidade de faixas nas ruas e praças, inclusive no palco do jardim principal, além da enorme quantidade de sacos de lixo no centro em frente da Prefeitura e ao lado de lanchonetes no jardim, acarretando um feio visual, além do mal cheiro e do tempo do caminhão de lixo para recolher esse lixo todo atrapalhando o trânsito. Bertevello lembrou também da grande poluição sonora, no que o Toco disse que já existe desde a legislatura passada uma lei disciplinando isso e que os guardas estão intervindo minorando o problema.

* Demétrius pediu a palavra para novamente tentar justificar e explicar todas as questões levantadas e denunciadas. Sobre o Hospital disse que deve ser feita sim uma reunião com o prefeito, junto com a ONG existente, pessoal do próprio Hospital (coordenador e firma contratada para tocar o PS) e os vereadores, mas que deve ser definido qual o trabalho de cada um nas soluções dos problemas e que cada um realmente defina a sua responsabilidade para não se ficar só no blá, blá, blá e tudo continue na mesma, no que ele tem razão. Aí citou até a lei da Taxa de Turismo dos hotéis em prol do Hospital e deixou meio no ar se todos os hotéis estão agindo da maneira certa na arrecadação de cada um. Sei que existe uma certa disparidade nesta arrecadação de hotel para hotel nas mesmas categorias. Esse é um assunto delicado e melindroso, mas a Prefeitura deveria fazer um levantamento geral para que não haja tal disparidade (questão de justiça), até para se analisar se o que está sendo arrecadado desde que tal lei entrou em vigor justifica esse incômodo aos turistas.

* O único projeto constante na Ordem do Dia foi do Executivo autorizando a Prefeitura a gastar 75 mil reais na construção de um necessário muro em uma de suas escolas, que foi aprovado por unanimidade. Aí foi a única manifestação da Rita defendendo o projeto.

* No geral foi uma sessão proveitosa que mostrou sérios e graves problemas existentes no município.

* Agradecimento do Blog-Comentando aos edis que o mencionaram: Paulão, Marquezini, Roberto e Toco. A transmissão ao vivo foi boa.

--- Foi isso.