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quarta-feira, 22 de abril de 2015

. . . a pura verdade

*SIMPLESMENTE PERFEITO!
*Prisão é para punição e para dar exemplo. Pensar em recuperação é romantismo e utopia.*
**PRESTE ATENÇÃO!**
**Carta enviada de uma mãe para outra mãe em SP, após noticiário na TV:
**DE MÃE PARA MÃE:**

***Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão, contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM, em São Paulo, para outra dependência da FEBEM, no interior do Estado.

***Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes,

decorrentes daquela transferência.

***Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc...
***Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender seu protesto. Quero com ele fazer coro.
***Enorme é a distância que me separa do meu filho.
***Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos, porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família...
***Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha para mim importante papel de amigo e conselheiro espiritual.
***Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma vídeo-locadora, onde meu filho trabalhava, durante o dia, para pagar os estudos à noite.
***No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo...
***Ah! Ia me esquecendo, e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranquila, viu, que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.

***Nem no cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante destas "Entidades" que tanto lhe confortam, para me dar uma palavra de conforto, e talvez me indicar:"Os meus direitos"!

***Se concordar, circule este manifesto!
***Talvez a gente consiga acabar com esta inversão de valores que assola o Brasil.***
***DIREITOS HUMANOS SÃO PARA HUMANOS DIREITOS***

7 comentários:

Anônimo disse...

Já imaginaram ler a carta de uma mãe, cujo filho criou sozinha em condições precárias, sem atendimento médico, sem ter onde deixá-lo quando tinha apenas quatro anos e ela precisava sair para trabalhar? Uma mãe que pegava no pesado para poder sustentar os filhos que ficavam sozinhos a mercê de bandidos e de traficantes de seu bairro. Uma mãe que não pôde estar presente na criação dos filhos e que em alguns casos não tinha sequer água encanada e saneamento básico quanto menos creche e escola que acolhessem suas crianças. Hoje, entre seus filhos ela pode ter um adolescente que se envolveu no tráfico e na bandidagem. O que a sociedade que nunca lhe ofereceu nada lhe propõe? Cadeia para seu filho que se envolveu com a bandidagem ao lado de adultos. Lhe oferece a profissionalização na bandidagem. Quando ele sair, talvez com 30 anos ou pouco mais que isso estará preparado para atuar como bandido profissional. Pois é, um tiro no pé. A sociedade que não deu nada, não ofereceu nenhuma ajuda a essa mãe, agora oferece a punição. Não sei se a dor dessa mãe é menor do que a dessa que escreveu esta carta publicada pelo blog. O que importa é que há uma dor de mãe nos dois casos que precisa ser confortada. O que importa é que há adolescentes nos dois casos que precisam de proteção. A redução da maioridade não vai abrandar a dor nem de uma nem de outra mãe. E a sociedade vai se arrepender de um dia ter oferecido pena maior ao invés de reabilitação e reintegração de muitos jovens que na maioria dos casos já nasceram sem nenhuma oportunidade.

Lauro disse...

--- Realmente a dor das duas mães em si, se equivalem. Só que uma ainda pode ver seu filho mesmo sendo um bandido.

Abner Di Siqueira Cavalcante. "o Forasteiro". disse...

É por isso que sempre digo. Porque ser patriota aqui no Brasil? Neste país não temos uma boa educação que deveria ser fornecida pelo país. Não temos saúde (os pobres, saúde esta que deveria ser oferecida pelo país. Não temos trabalho digno exatamente porque a política financeira do país assim não consente na evolução industrial e comercial. País onde você trabalha mais de 35 anos contribuindo no máximo ao INPS e, depois, quando se aposenta você recebe a metade do quanto contribui, com tendência a diminuir mais ainda o valor do chamado "benefício". Pais onde justiça não é só tardia, é também manipulada por interesses outros e onde a venalidade impera. País onde o idoso é tratado como se fosse uma carga pesada, sem que alguém se lembre que ele já carregou por muitos anos o ônus de sustentar o sistema que beneficiava outros já aposentados, ainda que somente com migalhas.País onde os miseráveis que vivem oprimidos pelo sistema econômico mais brutal já visto, caso se insurjam levam o nome de criminosos e sujeitos até a morte passando por torturas. País onde nossos filhos não tem futuro e são impedidos até de sonhar. País onde um homem que votou pela primeira vez para Presidente da República em 1959 e, daí por diante, nunca mais viu ninguém candidato compromissado com o povo que o elegeu. País onde os políticos são, em sua grande maioria, desgraçados corruptos aos quais a cadeia não os atinge. País de legislação rica, mas que ninguém a obedece. País que não tem exemplos bons advindos dos poderes dirigentes maiores. País cuja "história" é calcada em grandes e absurdos atos de corrupção. Ser patriota? Por que? É melhor, portanto, morrer lutando do que coadunar-se com a completa miséria moral, intelectual e financeira de um povo nascido em berço esplêndido. Brasil de hoje e de sempre até agora, eu me envergonho até a morte de fazer parte desse povo covarde e pusilânime. Uma andorinha só não faz verão e é como uma única testemunha que nehuma prova faz.

Anônimo disse...

Se você prefere um filho bandido a um filho morto, é questão de preferência! Não prefiro nenhum dos dois. Qualquer mãe, certamente, também não. Tanto a mãe que perdeu para a morte quanto a que perdeu para a bandidagem merece o respeito e a atenção da sociedade. Se a sociedade fizer da forma certa, ambas poderão ver seus filhos vivos e bem sucedidos.

Anônimo disse...

Ainda que esses números sejam contestados por alguns setores, é o que se tem oficialmente: adolescentes cometem menos de 1% dos homicídios e são 36% das vítimas. Então, mais educação, mais oportunidades e aumento da punição prevista no Estatuto da Criança (ECA) e menos essa conversa de que e se fosse o seu filho...Ser mãe de bandido e perder o filho para o crime são dores imensuráveis e incomparáveis. Cada um sabe da sua dor.

Anônimo disse...

A opinião do médico que mais entende de sistema carcerário neste país.

video inteiro: https://www.youtube.com/watch?v=BmpWjuXtVZA

Anônimo disse...

Pai de jovem morta por Champinha é contra redução da maioridade

O advogado Ari Friedenbach, pai da jovem Liana, assassinada pelo então adolescente Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, em novembro de 2003, na Grande São Paulo, já foi um defensor da redução da maioridade penal. Logo depois da morte da filha, fez campanha pela antecipação da responsabilização como adulto. Friedenbach diz que estava em "estado de choque" e no "calor da tragédia" que sua família viveu.

Hoje, no entanto, se opõe à proposta aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Em sua opinião, ela é inconstitucional. "Não podemos aceitar a redução da maioridade penal em hipótese nenhuma. Acho isso uma calamidade para a nossa sociedade", afirmou em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo na última sexta-feira (17) .

Nesta quinta-feira (23), disse ao UOL que mudou de posição depois de "estudar com profundidade o tema dos jovens infratores" e os "riscos à sociedade" que a redução representaria.

"A gente vai deslocar esse drama do jovem que hoje é cooptado com 16, 17 anos. Vão começar a cooptar jovens de 14, 15 anos para cometer os mesmos crimes ou assumir os crimes", diz o advogado.

"A gente vai colocar o jovem que comete um pequeno ato infracional numa cadeia, que não está recuperando ninguém, muito pelo contrário. Ou seja, tira qualquer possibilidade de ressocialização desse jovem."

Outra proposta
Tendo como bandeira a segurança pública, Friedenbach já se candidatou a deputado federal e em 2012 foi eleito vereador em São Paulo. Entrou na Câmara pelo PPS e depois migrou para o Pros.

Se a maioridade penal cair para 16 anos, o que você acha que vai acontecer com os índices de criminalidade?

Apesar de se opor à redução da maioridade, ele defende a responsabilização criminal de adolescentes que cometem homicídio, latrocínio, estupro, sequestro e roubo.

"Para esses casos e somente para esses casos, defendo que eles respondam dentro do Código Penal, da mesma maneira que respondem os maiores de idade, mas obviamente não os colocando num presídio comum."

Pela proposta, o menor condenado por um dos crimes acima deveria ficar internado até os 18 anos em uma instituição de ressocialização de infratores, como a Fundação Casa de São Paulo. Aos 18, seria transferido para o sistema prisional. O fato de o crime ter sido cometido na adolescência poderia servir como atenuante e reduzir a pena.

O tratamento dado a adolescentes que cometem outros atos infracionais não mudaria: eles ficariam sujeitos às normas do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescência) e poderiam cumprir medidas socioeducativas em unidades destinadas a adolescentes.
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/04/24/pai-de-jovem-morta-por-champinha-e-contra-reducao-da-maioridade-penal.htm