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3 comentários:
Boas as reivindicações. Só falta se organizar para iniciar o diálogo com o governo. Só esse trecho de entrevista não dá a ideia da fragilidade do movimento que facilmente pode ser cooptado por qualquer partido interessado em se aproveitar da mobilização das ruas para tirar proveito. Entrevista editada só com um trecho que interessa ao invés de informar, desinforma. Veja entrevista inteira em especial as respostas dadas às perguntas da repórter Carla Gimenez.
Rogério Chequer está sendo tratado como o novo herói de boa parte da imprensa brasileira. Ganhou espaço nas páginas amarelas da revista Veja, e, no programa Roda Viva da TV Cultura, comandado por Augusto Nunes, colunista de Veja, encarou perguntas tão confortáveis que parecia haver ali um cenário previamente combinado entre entrevistadores e sabatinado.
Sem se dar por satisfeito após ler a entrevista de Chequer na Veja e assistir ao seu Roda Viva, o jornalista independente Fernando Brito descobriu, com uma breve pesquisa, coisas que os profissionais dos supracitados meios de comunicação não quiseram vasculhar ou fingiram não se interessar.
“Chequer vivia, até poucos anos atrás, nos Estados Unidos. Lá era sócio de uma empresa chamada Atlas Capital Manegement, que geria fundos de investimentos junto com David Chon e Harry Kretsky. Apenas um dos fundos, o Discovery Atlas Fund (do qual Chequer também era sócio), tinha US$ 115 milhões (R$ 360 milhões) em ativos”, conta Brito. As informações são do Institutional Investitor. Chequer, não se sabe a razão, deixou a sociedade que cuidava de fundos milionários nos EUA e voltou ao Brasil para se tornar sócio dos primos numa agência especializada em produzir apresentações de ‘power point’. É sabido, porém, que o líder dos atos anti-Dilma é réu em um processo na Corte Distrital do estado americano de Connecticut, aberto em 2012 pelo seu ex-sócio Robert Citrone (dono da Discovery Atlas), um bilionário que integra, inclusive, a lista dos homens mais ricos do mundo da Forbes.
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2015/04/rogerio-chequer-wikileaks-eua-impeachment-dilma.html
Vamos pensar, Lauro?
RICARDO BALTHAZAR
O que a rua quer
SÃO PAULO - O manifesto que o Movimento Brasil Livre divulgou no ano passado para anunciar ao mundo suas intenções diz que o grupo é a favor da liberdade de imprensa, da livre iniciativa, de eleições livres e da separação entre os Poderes.
Nesta semana, em meio aos preparativos dos protestos contra o governo programados para o dia 12, o movimento apresentou dez reivindicações. Além do impeachment de Dilma Rousseff, a lista inclui cortes de ministérios, o fim da publicidade oficial e a concessão de asilo político ao líder oposicionista venezuelano Leopoldo López, preso desde fevereiro.
O movimento Vem pra Rua, outro que se destacou na organização das manifestações contra o governo em 15 de março, também tem uma nova lista de desejos. Ele quer Dilma fora do governo, mais transparência no BNDES, a continuidade das investigações sobre corrupção na Petrobras e o fim do Foro de São Paulo, um clube de grupos esquerdistas latino-americanos do qual o PT participa.
É natural que esses movimentos aproveitem para diversificar sua pauta enquanto os holofotes estão ligados, mas dificilmente isso servirá para arrastar multidões daqui a dez dias. Parece fácil convencer as pessoas sair de casa para gritar palavras de ordem contra Dilma e pedir o fim da roubalheira. Mas é muito improvável que elas se importem com Leopoldo López e o Foro de São Paulo.
Segundo o Datafolha, 47% dos manifestantes que foram às ruas em São Paulo em 15 de março tinham como motivação principal a indignação com a corrupção. Somente 27% disseram que foram à avenida Paulista pedir o impeachment de Dilma.
Embora as pessoas estejam insatisfeitas com o governo e angustiadas com os rumos da economia, muitas ainda não parecem convencidas de que a solução dos seus problemas esteja na saída de Dilma. Essa dissonância entre as ruas e os líderes das manifestações mostra que a presidente ainda tem margem de manobra para tentar salvar seu governo.
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