--- Ontem comentei sobre o P.I. e mencionei nossa amiga, a Jornalista Salete Silva do site "Viva Serra Negra". Sobre o questionamento feito ela acaba de responder e acrescentou um excelente comentário sobre as verbas que nos chegam deste ou daquele deputado, que não fazem nada além da obrigação. Leiam:
Bom dia, meu título eleitoral é de Serra Negra. Já informei ao vereador Leonel Atanazio, o Leo da Ambulância. Mas pode acrescentar o seguinte texto: Os vereadores esqueceram de dizer ontem na Câmara quando parabenizaram os políticos que enviam recursos aos município que esses recursos das emendas parlamentares são provenientes dos impostos pagos pela população e que as emendas parlamentares estão previstas na Constituição justamente para incluir os municípios no orçamento federal. Portanto, os parlamentares não fazem favor nenhum. É obrigação deles, mesmo porque se o eleitor só votar em quem já trouxe recursos para Serra Negra nunca dará oportunidade a pessoas que podem ser idôneas, inteligentes e que pretendem entrar para a política. Além do mais, as emendas parlamentares têm sido alvo de polêmica e de investigação. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criou um orçamento paralelo com cerca de R$ 3 bilhões em emendas no final de 2020 para conseguir apoio do centrão no Congresso Nacional. Reportagens relveam que o orçamento secreto de Bolsonaro incluía a compra de tratores e equipamentos agrícolas por valores até 259% acima do preço de referência no mercado. Os dados foram encontrados em 101 ofícios enviados por deputados e senadores ao Ministério do Desenvolvimento Regional. Outro questionamento em relação à escolha do candidato com base nas emendas repassadas aos municípios é que se o eleitor se basear nesse critério corre o risco de eleger um deputado ou senador que repassa recursos para a cidade, mas vota em projetos que não interessam à população, como a reforma trabalhista, aumento do ICMS ou mudança nos planos de carreira que prejudicam os professores. Trazer recursos para os municípios é uma obrigação dos deputados que não podem usa-las como barganha de troca eleitoral nem como se estivessem fazendo favor à população. O tratamento que em geral dão às emendas é de um leilão eleitoral: "quem dá mais?".
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