Todos nós temos uma família, por óbvio. Pai, mãe, esposa, filhos... e mesmo crescendo e convivendo no mesmo ambiente há inúmeras oportunidades em que discordamos um do outro, inclusive, por vezes, de forma mais veemente.
Se dentro do ambiente em que convivemos com as pessoas que amamos há desalinhamentos, discordâncias e até mesmo eventuais críticas mais severas, quem dirá entre pessoas distantes de nosso convívio que representam interesses de milhões de pessoas e estão sujeitas ao crivo de inúmeras instituições reguladoras?
Se me perguntarem se eu concordo INTEGRALMENTE com o posicionamento do Tarcísio eu direi que não, mas é preciso compreender todo o contexto envolvido. Lembro que não há governabilidade sem apoio institucional das demais instâncias e então há momentos em que devemos ser pragmáticos e republicanos (o que não significa sermos omissos ou submissos); também não é prudente e nem inteligente estar em um evento (ainda mais como convidado) e tecer críticas aos anfitriões. Não é o momento apropriado.
Muitos gostariam de ver o Governador Tarcísio entrando gritando palavras de ordem no evento, colocando o dedo no nariz de cada juiz lá presente, ateando fogo na bandeira comunista, enfim... não é o perfil dele. Ele é um gestor técnico ideologicamente alinhado com a direita e ele sabe que o confronto atualmente não é a melhor estratégia. Acho prematuro abandonarmos o barco neste momento em virtude de um discurso pontual, assim como não abandonamos um casamento no primeiro desentendimento ocorrido. Aliás, nos desunir é o objetivo de muitos e sabemos que, se soltarmos a mão um do outro neste momento, o elo que nos liga se rompe e podemos dar adeus a qualquer pretensão de mudança que é o nosso objetivo. Inclusive localmente.
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