Total de visualizações de página

domingo, 2 de novembro de 2014

. . . a água que rende

--- Estamos vivendo o maior período de seca e estiagem dos últimos tempos e como consequência está faltando água em muitos lugares. Então, nada mais justo que se ajude quem está sofrendo com a falta do preciosos líquido, seja para o vizinho ao lado ou ajudando cidades vizinhas através de carros pipa distribuindo gratuitamente aos mais necessitados ou cobrando para os demais casos. Isso posto, pergunto a quem puder responder da Prefeitura de Serra Negra se esse tipo de atendimento está realmente sendo feito para alguém ou para locais de cidades vizinhas. Segundo chegou até mim no dia de hoje, está sim e é para propriedade particular de outra cidade. A pergunta é justamente para responderem positiva ou negativamente e se for o caso da resposta ser positiva, que propriedade ou entidade particular é essa? De que cidade? E quanto isso está rendendo para os cofres públicos??? Quem controla, documenta e libera estes carros pipa da Prefeitura? Outro caminho será, caso a Prefeitura não responda, que algum vereador da oposição pergunte por vias legais, estes tipos de informações. Estamos de olho!

. . . nosso cemitério neste Finados


 --- Neste fim de semana estive em Serra Negra para visitar os meus mortos. Apesar da gostosa chuva que caiu no sábado, o domingo de Finados mostrou esse azul no céu que a foto acima mostra. E mostra também a entrada de nosso cemitério e o movimento desta manhã.

 * Muito boa a iniciativa logo na entrada do Campo Santo aferindo a pressão arterial dos passantes e distribuindo água em copinhos, pois o sol e o calor estavam bravos.





* Também gostei de encontrar o grande Fernando Fioriti Corbo cuidando da mesa que em todos os anos fica ali na entrada sempre no mesmo lugar arrecadando donativos para a benemérita Sociedade São Vicente de Paulo.





* Passei pelo túmulo do inesquecível Sr. Cesar Perini. Ao lado a foto de seu epitáfio que ali está há quase 50 anos e que é de minha autoria (com muita honra).



 * Mas também vi e registrei árvores ao lado da capela cujos troncos estão totalmente cimentados em suas bases. Parece que está virando moda fazer isso em nossa estância...

. . . e combinando com o dia de hoje

--- Aproveitando mais um Dia de Finados, transcrevo um artigo meu para justamente meditarmos sobre o que é hoje o nosso corpo ainda com vida e o que será ele depois que a vida se for. Leia com calma e medite:

Hoje vamos tentar comentar um cadáver.

O que é um cadáver?

É um ser que está ali, inerte, frio.

Sua fisionomia é inexpressiva. Há algumas horas, talvez transmitisse alegria.

Agora está ali, não reagindo a nenhum estímulo. Há algumas horas, talvez fosse o mais implicante dos homens, incomodando-se com o barulho, com a comida, com a roupa, com tudo.

Agora está ali, sem nada ver, pois seus olhos não têm brilho, sem falar, pois sua boca não mais se movimenta. Há algumas horas talvez olhasse e visse tudo e todos e tudo sobre todos e falasse talvez muitas verdades e muitas mentiras.

Agora está ali, seu corpo é uma coisa que em mais alguns minutos vai começar a exalar mau cheiro. Há algumas horas, talvez fosse o mais perfumado dos seres.

Agora está ali, sem sentir nenhuma emoção. Há algumas horas talvez como disse alguém "amou e foi amado e sentiu saudades de outros que partiram".

Agora está ali, não mais adiantam o dinheiro, o orgulho, a inveja, a posição social, o diploma, os títulos, as propriedades. Nada mais vai lhe restituir aquilo que agora o está diferenciando dos que estão a sua volta --- a vida.

Agora está ali, é um cadáver. Nasceu, cresceu, viveu, fez ou não coisas boas, mas agora está ali, pronto para desaparecer.

Um cadáver, um corpo que serviu de instrumento para a vida agir em todos os campos, guiada pela índole individual. Ser bom ou ser mau, falso ou autêntico, líder ou submisso, querido ou odiado.

O poderoso e o fraco, o rico e o pobre, o patrão e o empregado, a rainha e o presidente, o professor e o aluno, o papa e o padre, o juiz e o presidiário, o bom e o mau, todos estarão ali.

A vida se foi, o que ela conseguiu transmitir ficou, seu instrumento, o cadáver, desapareceu.
E pingue-se o ponto.