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quarta-feira, 21 de maio de 2014

. . . por onde anda?

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O jornalista sai da faculdade cheio de sonhos e com duas torres ornamentando seus pensamentos: A tal da pirâmide invertida e a imparcialidade.

É claro que guardadas as circunstâncias, há meios de isenção conforme as modalidades aplicadas nojornalismo. Em vias de regra, a notícia deve ser dada com a tal da isenção, enquanto a opinião deve ser assinada embaixo por quem a emite, não é mais ou menos isso?

No entanto, vamos combinar que a maioria dos patrões empreendedores e donos dos veículos, sequer passaram perto de uma faculdade de jornalismo, mas não são ingênuos o suficiente para não saber que possuem nas mãos uma grande vitrine para os seus interesses, sejam lá eles quais forem. Vamos nos concentrar no ganha-pão dos veículos. Como vocês acham que eles se sustentam? Podemos citar três aspectos:

1 - Verbas publicitárias
2 - Fornecimento de conteúdo
3 - Verbas governamentais

No primeiro aspecto, dependendo do tamanho do veículo e sua abrangência, as verbas publicitárias representam uma grande parte da receita das mídias, no entanto, dependendo do cenário econômico do momento aliado com o retorno periódico que os veículos podem ou não dar, essa verba publicitária é a primeira a ser cortada, seja por falta de visão ou outra justificativa que não vem ao caso.

No segundo, os grandes veículos são os que se podem se organizar logisticamente para o fornecimento de conteúdo aos menores, se esses tiverem "bala" para segurar o rojão. Definitivamente, não é isso que segura a bronca.

No terceiro, meus amigos, são as verbas governamentais de publicidade por assim dizer. Vale lembrar que o governo é como qualquer outra instituição que precisa dar publicidade aos seus atos e para isso se utiliza da mídia. Aí é que mora o perigo.

Vocês acham que os veículos não temem represálias como o corte dessas verbas, caso haja alguma opinião que vá ao aposto do proposto? Vocês realmente acreditam que todos os jornalistas são isentos de acordo com a linha editorial de seus respectivos veículos?

Leia-se "governo" todos os aspectos políticos, pois não é necessário que essas verbas sejam aplicadas somente pelo governo, mas também por quem almeja chegar até ele. Leia-se oposição.

Hoje, durante entrevista à Jovem Pan, a jornalista Ana Paula Padrão declarou que "Essa história de jornalismo isento é uma falácia".

Leia a matéria:


Claramente lembrando o caso da colega Rachel Sherehazade, a ex-âncora da Globo falou sobre o perigo do jornalista se considerar um formador de opinião.

E você, o que acha?

== R.

*Imagens: Divulgaçã

* Rogério Lemos é jornalista, produtor de conteúdo e professor