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sábado, 12 de maio de 2018

. . . um recado direto e reto




--- Após publicar um texto tão bonito e comovente e às vésperas de um dos dias mais sublimes de nosso calendário, sou obrigado a mencionar um assunto tão triste e revoltante, uma vez que o título deste espaço "COMENTANDO", foi citado na página do petista juramentado Ricardo Chiessi, no mesmo dia em que toda a imprensa noticiou o apoio do Presidente Geisel às execuções no tempo de seu governo militar. Talvez o Ricardo tenha achado que eu não tocaria neste assunto aqui. Ledo engano meu caro. Quem te disse ou onde você leu desde aquele tempo em que eu era estudante em São Paulo quando também participei de passeatas e corri da polícia pelas ruas do centro paulistano e já escrevia minha coluna "Comentando..." no jornal local,  que eu apoiei ou apoio qualquer tipo de execução de vidas humanas por qualquer motivo, se até contra a pena de morte eu sou??? Portanto meu caro contumaz esquerdista, quero mais que tudo seja mesmo investigado e se for o caso e ainda couber algum tipo de punição para alguém daquele tempo ainda vivo, que seja cumprida. Da mesma forma que sejam feitas todas as investigações para que cheguem até os autores e mandantes dos assassinatos (execuções) de Celso Daniel prefeito de Santo André e de Toninho do PT prefeito de Campinas e que seus autores e mandantes sejam também devida e severamente punidos. Quero só ver onde chegaremos! Gostou? Tá bom ou quer mais???

. . . que é fantástico, maravilhoso e verdadeiro

--- Muito apropriado para ser publicado na véspera do Dia das Mães :
VISÃO DE UM FILHO SOBRE "SÍNDROME DO NINHO VAZIO"

" O outro lado da Síndrome do Ninho Vazio:

Mães,

Escrevo isto como filho que se doeu lendo textos sobre como vocês se sentiram quando nós, filhos, saímos de casa.

A dor de vocês foi chamada pela psicologia de Síndrome do Ninho Vazio, mas a nossa ainda não ganhou nome.

Seria um outro ninho vazio? Não sei, mas venho falar sobre os medos, as angústias e as delícias de sair do ninho para o mundo, lugar para o qual vocês nos criaram.

Nosso primeiro ninho, o ventre materno, tinha tempo de estadia. 
Perto dos 9 meses, às vezes antes, nós sairíamos daquele lugar onde nada podia nos tocar. 
Nós, filhos, não lembramos da experiência de querer sair de lá.

Imagino que, em um certo ponto, começamos a nos sentir apertados e desconfortáveis. 
Talvez algum questionamento do tipo,  “mas o que está acontecendo? Era tão gostosinho aqui antes!”,  tenha aparecido nas nossas cabeças. 
Quem sabe até uma mágoa: "por que ela não me dá mais espaço?”, assim ficaríamos mais um tempo por ali. Vocês, mães, por outro lado, não viam a hora de ver a nossa cara.

Nosso segundo ninho, o lar ao lado de vocês, nunca teve limite de permanência. Vocês não nos empurrariam para fora jamais. Foi ali que aprendemos tudo: comer, falar, andar, agarrar mãos e objetivos, dar risada, ir ao banheiro, ler, escrever… tudo. Passamos por fases fáceis e divertidas, difíceis e intermináveis.

Nós crescemos, vocês também. Assistimos às  suas crises existenciais, aos conflitos com a idade, ao amadurecimento como mãe e à beleza de ser o que se é todos os dias.

Vocês assistiram às transformações, às pernas crescendo demais, aos brinquedos aparecendo e depois sumindo da sala.

Começamos a sair por aí nos nossos voos curtos. Deixamos vocês sem dormir direito diversas vezes, enquanto bebíamos em algum canto da cidade. Discutimos o motivo dos “nãos” para viagens para praia no carro do amigo do amigo da prima.

Ficamos os dois desconfortáveis com as conversas que mães e filhos têm que ter. Mentimos para vocês e vocês mentiram para nós. Choramos num quarto, vocês no outro.

Perto dos 20 anos, às vezes antes, às vezes depois, o ninho começou a ficar apertado de novo. Nossas vontades e sonhos não cabiam mais ali.

Era óbvio que sairíamos um dia: para morarmos sozinhos, para um intercâmbio, para morar com uma amiga ou um amigo, com uma companheira ou um companheiro. A hora ia chegar, mas nenhum de nós sabia quando. Por fim, saímos, e o ninho ficou vazio.

As primeiras noites, chegando em casa sem ter quem nos esperasse, foram estranhas tanto quanto para vocês. O beijo na testa antes de dormir fez falta, o cheiro do café quando saíamos do quarto prontos para fazer o que tínhamos que fazer, o lembrete para levar a blusa e o guarda-chuva.

Mãe, eu continuo levando a blusa e o guarda-chuva.

O arroz grudou, a roupa ficou mais ou menos limpa, coisas estragaram na geladeira, eu cheguei em casa tarde demais, dormi pouco, fiquei doente, te liguei perguntando como cozinhar alguma coisa e para saber como lavava a roupa direito.

O amor, a essência da nossa relação, permanece igual. Mudaram os hábitos, a vida, o caminhar das coisas.

Mãe, eu descobri que o ninho nunca foi um espaço físico; foi sempre o seu coração – e de mim ele nunca ficará vazio."