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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

. . . conforme o prometido ontem



. . . novamente o recadinho

--- Há leitor(a) perguntando como deve se cadastrar comigo para poder enviar seus comentários sem que apareça seu nome. Escreva para meu e-mail (laurocrr69@gmail.com) enviando seu nome e o pseudônimo (apelido) que quer usar e pronto.

. . . a história do carnaval

--- Meus leitores estão lembrados que aqui por mais de uma vez disse que gostaria de escrever um livro contando a história do Carnaval Serrano desde seus primórdios até os dias de hoje, ilustrado com muitas fotos de todos os tempos. Também disse outro dia que até cheguei a começar esse relato. Essa época pré-carnavalesca é propícia para passar a vocês como seria o início deste livro que hoje está apenas na intenção e pelo jeito vai continuar assim. Ele começaria assim:

O   QUE   EU   SEI  DO
C A R N A V A L      S E R R A N O

O  COMEÇO  DE  TUDO

Estamos nos anos 50, comecinho dos anos 60. O carnaval em Serra Negra se resumia em decoração com lâmpadas coloridas em suas principais ruas centrais colocadas pela Prefeitura  Municipal e montagem de dois grandes arcos de madeira compensada igualmente coloridos, um no largo da Praça João Zelante com a cara do Rei Momo sorrindo pintado em sua parte superior com duas frentes, e outro do mesmo tamanho com a pintura da cara de um palhaço instalado diametralmente oposto ao primeiro na Rua Coronel Pedro Penteado por baixo dos quais passava o corso de carros particulares, consagrando assim o chamado trajeto do corso, trajeto esse que prevaleceu por muitos anos seguintes até o ano de 1.996 e se constituía da Rua 7, largo da praça, Ruas Prudente de Moraes, Monsenhor Manzini, Coronel Pedro Penteado, Duque de Caxias e novamente Rua 7 de Setembro. Assim era o carnaval de rua de Serra Negra, regado a lança-perfume, com muito confete e serpentina  e algumas pessoas mascaradas.
Carros alegóricos eram esporádicos e os dois primeiros que me lembro foram a Maria Fumaça, protótipo de uma locomotiva quase do tamanho natural, uma vez que até há  bem pouco tempo Serra Negra ainda tinha em funcionamento sua estação da Mogiana e o Cavalo de Tróia, um enorme cavalo de pau todo prateado.
Carnaval de salão, a princípio, somente no Clube XV que existiu bem em frente hoje do Mercado Cultural. Ali se reuniam os representantes das famílias serranas, principalmente da juventude da época, até que foi definitivamente fechado. Improvisadamente por alguns poucos anos adaptou-se o recinto da Cine República (hoje Bradesco)  para tais bailes e fui em alguns matinés, pois ainda era menor de idade. Antes da majestosa sede social do Serra Negra E.C., também na base da improvisação e necessárias adaptações utilizaram-se as garagens de ônibus da Rua 7 de Setembro (acho que apenas 1 ano) e a fábrica de chapéus Panamá Linho, posteriormente Sonave e lá aconteceram alguns carnavais.
Com a inauguração da sede social do S.N.E.C. em novembro de 1.964, o carnaval de 1.965 passou a acontecer no novo clube e assim também todos os demais anos seguintes.
Naquele tempo meu pai já possuía a Casa Amabile que vendia artigos finos para senhoras e senhores e nas datas especiais do ano, produtos de época, como material de enfeites de natal, rojões, bombinhas e material pirotécnico nas festas juninas e no carnaval, lança-perfume Rhodouro, sacos de confetes, pacotes de serpentinas, e fantasias com suas respectivas máscaras. Com a finalidade de divulgar seus produtos carnavalescos e incentivar a saída de sua mercadoria, teve a ideia de sair fantasiado utilizando material de sua própria loja.
Claro que, como sempre acontece até os dias de hoje, os festejos momísticos começam com a apresentação do Rei Momo e de sua Rainha, desfilando pelas ruas e recebendo a chave da cidade para reinar por 4 dias e 4 noites. O primeiro Rei Momo de nossa história foi o Osvaldo Saragiotto. Dos mais antigos, não necessariamente nesta ordem, lembro-me do Nestor Saragiotto, Alcebíades Félix, Udeles Dalla Rosa.