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sábado, 2 de maio de 2015

. . . caminhos cruzados

--- Comentando caminhos cruzados correlacionando cidadãos comunicadores. Com certeza coincidência corriqueira, combaterem, com constantes críticas contumazes, corajosas, com convicto consenso coletivo comunitário, certas condutas capciosas, corruptas. Composição curiosa conjecturando características comuns com Corrêa, com Canhoni, com Chedid. Concluindo: cada componente colabora como consegue, cotidianamente construindo comunidade consciente, com carinho, com coração, com capacidade criativa.

O que a frase acima tem em comum? Todas as palavras começam com a letra C.
Apenas uma brincadeira com jogo de palavras para iniciar um texto relacionando-me (Corrêa), com o jornal O Serrano (Canhoni) e Rádio Serra Negra (Chedid). Três famílias que começam com a letra C e que cruzaram seus caminhos no decorrer do tempo.

Meu relacionamento com a Família Canhoni começou muito cedo, não só porque os Amabile e os Canhoni (os Corrêa chegaram mais tarde), são famílias antigas e tradicionais na cidade, cujas filhas eram amigas na juventude, bem como pela proximidade de suas residências no largo da praça central. Já na RSN fui o último a entrevistar, já em seu leito derradeiro, o patriarca Romualdo Cagnoni. Nosso relacionamento se estreitou a partir de 1.964 quando comecei a colaborar com o jornal O Serrano, a princípio esporadicamente, em contatos com o Nêne e o Zoca, que também foi meu professor de Educação Física e sua esposa Lilian professora de Português. Aumentou na ida do Dr. Eduardo Canhoni Tiengo para São Paulo quando moramos na mesma república de estudantes, pois ambos nos formamos pela mesma faculdade da Santa Casa, com apenas 3 anos de diferença. A assiduidade de minha colaboração no jornal fez com que sempre estivesse, por vários anos seguidos, em contatos diretos com o Ennio e o Elmer.
E a Chedid onde entra nisso? Entra desde o começo da atuação de seu "chefe" mór na história serrana quando foi prefeito e eu era seu colaborador, participando de todas as suas apresentações festivas na cidade durante anos seguidos. Posteriormente adquiriu a Rádio Serra Negra e entrou também no mundo da comunicação em SN. Aliás, sua empresa de ônibus foi patrocinadora do programa "Comentando" nas manhãs de domingo na emissora por muito tempo.
E daí? Daí que tudo isso me fez ter por estes dois órgãos de imprensa de minha terra um carinho e um respeito muito grandes, pois foram marcantes em minha formação como cidadão e como interessado apaixonado pela mídia. Assim, tudo que lhes diz respeito me toca, me interessa, me atinge e me preocupa.
A marcha inexorável do tempo se incumbe de modificar as coisas. Meu relacionamento com os Canhoni em nada mudou principalmente em relação às gerações mais antigas, mas já não posso dizer o mesmo em relação aos Chedid, embora tenha visto e acompanhado seus filhos crescerem e evoluírem. O destino e a sequência de acontecimentos políticos por parte deles e da mídia pelo meu lado, nos distanciou e nos colocou em campos opostos. Eles são políticos por excelência e usam dos seus meios de comunicação para proveito próprio, para suas campanhas eleitorais, pouco se importando com o lado jornalístico em si, pois são apenas proprietários e não comunicadores natos. Não está no DNA, não está no sangue da família. Consequência disso? Não têm o mínimo escrúpulo ou sentimento, se for necessário fechar e acabar com quaisquer de seus órgãos de comunicação que não mais lhes sejam úteis. Foi assim com o extinto Jornal de Serra Negra e agora está sendo assim com a queridíssima Rádio Serra Negra às voltas com sérias questões judiciais e pior de tudo, está prestes a ser assim também com o centenário jornal local O Serrano desde que a interferência comercial da família, direta ou indiretamente, começou no jornal e, segundo pode-se saber através de comentários, o jornal está para fechar suas portas e encerrar suas atividades depois de quase 108 anos de atividade semanal ininterrupta, contando absolutamente tudo sobre o cotidiano serrano, inclusive casamentos, nascimentos e falecimentos (autêntico registro da história), embora oficialmente não apareça o nome da dita cuja família. Como disse acima, pela minha participação pessoal, isso me toca, me atinge, me fere e machuca, principalmente por ter feito parte da história destes órgãos de comunicação de minha terra natal e porque nada posso fazer para ajudar. Apenas lamentar e chorar à distância.
E pingue-se o ponto.

. . . mais um que parte

--- Pouco menos de 6 meses após partir seu filho, deixa-nos agora o também estimado ex-Vereador Cláudio Colchetti. Seu sepultamento será às 10 horas deste sábado. Pêsames à família.
Lágrimas...