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terça-feira, 22 de agosto de 2017

. . . e homenageando


--- Essa noite me deu uma vontade imensa de homenagear um bom amigo de longa data. Refiro-me ao conhecido e estimado por todos NIVALDO BERTOLINI. Mas para isso vamos viajar no tempo. Reporto-me até minha infância quando Serra Negra ainda não tinha os espigões e o prédio mais alto da cidade era a Igreja Matriz. Não se falava em supermercados nem nas cidades maiores. Naquele tempo as cidades pequenas tinham armazéns onde as donas de casa se abasteciam quase que diariamente. Sempre morei na praça central, na Casa Amabile, loja de meus pais e na área central da cidade um dos armazéns era o Armazém do Bertolini do Sr. Atílio Bertolini, onde ia quando minha mãe mandava buscar alguma coisa. Ficava ali na Rua José Bonifácio, em duas portas ao lado de outras duas onde era a Padaria do Sr. Martori, logo depois do Externato e bem em frente do Foto Fagundes do Sr. Luiz Fagundes, onde me lembro que gostava de entrar para ficar extasiado com os vários  tanques d'água onde eram reveladas as fotografias em preto e branco daquele tempo. Para meus olhos de criança era um lugar encantado, onde o Sr. Luiz e sua esposa Dona Berta sempre me deixavam entrar. Depois vinha a residência de Dona Araci, minha professora do quarto ano do grupo e em seguida a esquina da venda do Pulini.
No armazém, gostava de filar um punhado de açúcar cristal que ficava exposto em saco branco com a borda enrolada e sempre via aquela figura grande (perto do meu tamanho) do sempre alegre pai do Nivaldo, gordo com seu avental branco, cabelos  semi-grisalhos e parcialmente crespos, com um eterno sorriso nos lábios, ao lado de sua esposa, Dona Margarida e o Nivaldo ajudando no balcão. Como diz a música do Nelsão Gonçalves, "ai que saudade me dá"...

A segunda grande etapa na vida do Nivaldo aconteceu quando entrou na sociedade da Padaria Serrana bem no centro e em frente de minha casa. Nivaldo sempre supervisionando o atendimento e sempre no caixa, mas preocupando-se com a qualidade de suas empadinhas que eram as melhores da cidade. Paralelamente participava do Coro Masculino São Luiz Gonzaga da Matriz e com seu vozeirão de tenor, cantou a Ave Maria de Gounod em meu casamento. Também foi diretor do clube exatamente na vinda do Rei da Juventude Roberto Carlos e se via muito preocupado com esse show dizendo que era imprevisível o que iria acontecer. Fiz a apresentação do Rei naquela noite e tudo correu bem e foi nesse dia no S.N.E.C. que o Roberto conheceu o grande amor de sua vida Maria Rita.



O tempo passou e o Nivaldo mudou totalmente de ramo, passando a ser um dos mais antigos proprietários de lojas na Rua Coronel e hoje é frequentemente visto indo pra lá e pra cá na Coronel de uma para outra de suas lojas. Aos domingos vai ver a banda tocar na praça e nas horas vagas adora ficar, brincar e passear com seus netos --- o querido Vô NIVALDO BERTOLINI, meu bom amigo a quem homenageio e reverencio hoje com muita honra e satisfação.

. . . mais um que chega

--- E esse chegou por zap, com pseudônimo cadastrado :

"Dr. Lauro bom dia. 
Achei  uma falta de ética e profissionalismo o presidente da Câmara citar o conteúdo de um processo contra um advogado da cidade, aos quatro ventos pra quem quisesse ouvir. Será que ele se esquece que é cassado e está no cargo por uma liminar? Que moral ele tem de abrir a boca pra falar de outro dessa maneira? Ele que nem OAB tem, só se presta a esse papel ridículo.
Ass.: Ramsés."

. . . que a defesa já chegou

--- E chegou por e-mail :

"Bom dia Lauro, aqui vai minha resposta aos acontecimentos de ontem. Veja se bate com seu pensamento e se quiser pode publicar. Muito obrigado por tudo.
Como fui citado (Edison Carneiro) várias vezes na Câmara ontem me senti na obrigação de responder.
Parasita, paraquedista???????
Parasita: Sou aposentado com quase 70 anos e recebo aposentadoria dos EUA, portanto não represento nenhum peso para o povo serrano, mas sim contribuo com a economia local através da minha aposentadoria.
Paraquedista: Isto e um insulto aos verdadeiros paraquedistas, pois não entendo nada da arte.
Quanto ao comentário do Toco dizendo que a corporação policial estava inteira na Câmara há um mês, eu pergunto: Por que a corporação inteira tem que vir a Câmara para que projetos de seu interesse sejam aprovados? Por que o bairro do São Luiz tem que vir inteiro na Câmara para que projetos de seu interesse sejam aprovados? 
Não seriam estas atribuições da Câmara para que os interesses dos policiais e dos habitantes do bairro sejam respeitados e aprovados de acordo com as leis existentes.
Não há lei?  Ora bolas, para quê pagamos $4700,00 a cada vereador mais $7000,00 ao presidente? Para fazerem leis ou para obrigarem o povo e a polícia mostrarem presença na Câmara? Não há absolutamente nenhuma necessidade de presença na Câmara de qualquer contribuinte ou policial para que seus direitos sejam respeitados, somente precisamos de leis para isto. Portanto senhores vejam se parem com estas mil 'abobrinhas' na Câmara e façam leis.
Como exemplo de absurdo completo cito o caso da nota 'fiscal paulista', uma obrigação e responsabilidade do Estado em que obrigam o eleitor contribuinte a fazer cumprir leis que não existem ou não são cumpridas. O contribuinte serrano e o contribuinte paulista são forçados a trabalhar para que o Estado colete dinheiro. E a Câmara de Serra Negra força os serranos a virem à Câmara marcar presença para que algo de seu interesse seja feito. Em outras palavras nós o povo fazemos o trabalho deles enquanto eles se digladiam na nossa casa, a Câmara. Se quiserem pagar uma passagem aos EUA eu agradeço, só que, como sempre volto, pois minha residência agora é aqui.  
Ass.: Edison Carneiro."

. . . pitacos no Legislativo

--- Há algum tempo não mais divulgo com detalhes os acontecimentos relacionados com as sessões do Legislativo Serrano por não achar mais que a atual legislatura mereça essa consideração e atenção. Mas nada e nem ninguém pode me impedir de dar pitacos, fazer observações e comentar o que eu quiser aqui neste meu canto.

* Ontem aconteceu mais uma desastrada sessão desta que é a pior entre as piores legislaturas de todos os tempos, parecendo aquela brincadeira das cadeiras em que se anda em círculos em torno de cadeiras e tem que sentar quando a música para, pois continua um tal de senta-levanta e entra-e-sai do plenário que passa a ser hilário se não fosse tão irritante.

* De cara quero cumprimentar e parabenizar os Vereadores Renato e Roberto, pois finalmente alguém tomou posição em relação aos ataques verbais constantes do Marquezini contra o Leandro. Logo no começo da sessão o Renato citou o radicalismo nestas atitudes e que está na hora disso acabar e que haja mais harmonia no tratamento entre colegas. Parabéns a ele também por lembrar, como advogado que é, que um atestado médico assinado por qualquer especialista tem valor e deve ser respeitado pela casa, até citando com muita propriedade, como disse eu no tópico anterior, que o atestado é passível de contestação jurídica posterior se for o caso, mas ali naquele momento não.

* Aplaudo em pé o Roberto que levou publicamente o clamor das ruas contra esses ataques constantes do Marquezini, pois tem sido abordado por muitos populares, bem como outros vereadores também, criticando e rejeitando essas manifestações no tom de agressividade em que acontecem em várias sessões seguidas. Também foram bastante válidos os apartes do Leo que inclusive lembrou que o Leandro não deveria ficar falando mal de colegas fora do recinto da Câmara, fato que este blog também repudia, lamenta e critica o Leandro por estar se comportando desta maneira, recomendando que fique calado fora, como fica dentro do plenário.

* Com a mesma intensidade mais uma vez sou obrigado a lamentar a incompetência e conduta arbitrária do presidente que acha que um erro justifica o outro e que esse tipo de discussão agressiva acontece em outros plenários de outras cidades. Puro incentivo à desarmonia como estamos vendo e sentindo por parte desse cidadão que é um mau político, um dos piores de nossa história, pois é maléfico, hipócrita e dissimulado ao misturar com sua fala mansa, fatos da vida particular das pessoas para tentar se defender de seus próprios erros e escorregões como homem público. Isso, além de anti-ético é covardia. Assim agiu novamente o "inho" agora em relação ao advogado Dr. José Geraldo Munhoz pelo fato deste advogado estar fazendo constantes pedidos de documentação na Câmara relativos aos seus gastos, o que é direito de qualquer cidadão eleitor. De maneira sorrateira, sórdida, dissimulada este presidentinho coloca publicamente um fato particular do advogado divulgando que o advogado Dr. José Geraldo está sendo juridicamente acusado de se apossar ilicitamente de bens de uma senhora de 90 anos de idade, atingindo a honra do profissional. Isso cabe um processo pesado contra o "Dr." Felipe Amadeu (se diz advogado mas não tem OAB), se esquecendo que ele próprio apenas está vereador e presidente da Câmara graças a uma liminar de um processo que o cassou por rasurar notas fiscais na Prefeitura como vice-prefeito, portanto como homem público. Não é processo acontecendo e correndo sobre fato de sua vida particular, pois se assim fosse, aí absolutamente ninguém teria nada a ver com isso. Da mesma forma que foi uma atitude sua como homem público, que assinou contrato em relação aos ônibus, que desgraçou a vida de seu próprio tio. 

* Só pra encerrar, mais uma vez o blog esteve na berlinda através de um leitor chamado Edison Carneiro que emite sua opinião devidamente assinada sobre atos e fatos do Legislativo e por causa disso na sessão de ontem foi expulso da cidade segundo palavras do Marquezini, que o chama de parasita e paraquedista. É mais um motivo a se lamentar ocorrido na improdutiva sessão de ontem, que durou pouco mais de duas horas e meia e muito pouco produziu de bom e de útil para a cidade e para a população.

* Como ponto final apenas lembrando ao secretário que fez as leituras ontem que quando alguém é convocado para servir de testemunha,  é ARROLADA e não ENROLADA... Ah... só pra encerrar mesmo... Há edis que insistem em dizer, pra não darem o braço a torcer, que NÃO leem o blog, mas... sabem com detalhes tudo o que sai aqui escrito... Fazem-me rir...

. . . a quem interessar possa

--- Cada profissional liberal tem o seu Conselho Regional. Na medicina o CRM corresponde ao número da OAB na advocacia, pra citar apenas um exemplo. Sem OAB ninguém pode se dizer advogado, como sem CRM ninguém pode se dizer médico. Na área médica o profissional recebe seu CREMESP, ou abreviadamente o CRM, que consta de um número que o identifica e o credencia como apto a exercer sua profissão, no caso a medicina, e tem fé pública em todo território nacional. Portanto, forma-se em Medicina. A especialidade de cada um é adquirida com a residência, pós-faculdade, que varia de tempo de uma para outra especialidade e tem que ser reconhecida pelo CRM, pela sua associação de classe e pela AMB (Associação Médica Brasileira). No meu caso por exemplo, tenho meu número de CRM e como especialista em Radiologia tenho meu certificado reconhecido pelo CBR (Colégio Brasileiro de Radiologia) e pela AMB. Mas, no caso de atestado médico por exemplo, qualquer especialista antes de o ser, é médico como outro qualquer e basta seu CRM para conceder o atestado. Eticamente cabe a cada profissional a decisão de concedê-lo ou não e responde por isso até juridicamente se necessário for, podendo até ser punido se o fizer de maneira irresponsável. Porém, de imediato o atestado médico tem que ser respeitado como válido assinado pelo CRM que for, independentemente da especialidade de cada um. Não saber ou não reconhecer isso é pura ignorância de quem o fizer e pode responder também juridicamente por isso, se duvidar da capacidade do profissional que atestou!!!