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segunda-feira, 9 de julho de 2018

. . . e aplicando o NON DUCOR DUCO

Entre várias inscrições existentes no monumento, a que mais se destaca é a constante de sua base:
"Viveram pouco para morrer bem,
morreram jovens para viver sempre."

--- Relendo o texto explicativo da história da Revolução Constitucionalista de 1.932, quase no final, as frases acima me chamaram a atenção para usar o que está salientado em vermelho aplicando aos dias de hoje principalmente em nossa sempre amada e querida Serra Negra. Ela foi escrita enaltecendo os 5 jovens que morreram lutando e morreram em pé para não viverem de joelhos. Senhores políticos do Executivo e do Legislativo de SN. Nossa cidade é pequena e sabemos quem é quem, de que lado estão e por quais razões estão. Alguns estão onde estão por causa de seus salários, por causa de suas conveniências, por causa de seus empregos e para não perderem suas mordomias e regalias submetem-se a ordens superiores de pseudo-líderes  interessados mais em suas propriedades e empresas particulares do que nos interesses da cidade e de seu povo. Vocês são representantes do povo e pelo povo foram colocados onde estão. Parem de ser subservientes e parem de obedecer fechamentos de questão de grupos. Passem a viver por conta própria sem dizerem AMÉM a tudo. Deixem de ser conduzidos, conduzam, andem por si e de acordo apenas com suas consciências (alguns dizem que fazem isso, mas suas atitudes demonstram ao contrário). Levantem-se do rés do chão onde estão vivendo e sobrevivendo DE JOELHOS. Fiquem EM PÉ para poderem dizer com orgulho que são políticos e mostrem que são dignos dos cargos que ocupam. Rompam seus grilhões, assinem seus atestados de alforria, sejam livres e independentes. Aqueles jovens em 1.932 viveram pouco para viverem bem e morreram jovens para viverem sempre. Alguns políticos serranos de 2.018 estão vivendo mais que eles cronologicamente, mas não deixarão saudades e morrerão esquecidos pelo nada que estão fazendo. Nem sempre uma foto na parede representa lembranças de dignidade, honestidade, independência, honradez, amor à terra. Para alguns seria melhor que suas fotos não fossem enquadradas porque merecem ser esquecidos. Aproveitando o 9 de Julho, comportem-se como diz a máxima lembrada e enaltecida hoje quando o nosso Estado de São Paulo gritou aos demais através de paulistas honestos e corajosos: "NON DUCOR DUCO" - NÃO SOU CONDUZIDO, CONDUZO.

. . . atualizando e satirizando

--- Atualizando sobre aquele troca-troca na dança das cadeiras no Legislativo. De tudo o que foi aqui dito e não dito, parece que de certo por enquanto é que foi marcada para a quinta-feira a queda melancólica do Inho (já vai tarde), passando a presidência para o Vampiro. Acho que vai trocar 6 por meia dúzia, pra não dizer outra coisa... Mas pelo menos, como diria o Tiririca, pior do que está não fica (é impossível). Porém, como se trata do marionete "Vem pra cá, vai pra lá", qualquer coisa o chefão novamente tirá ele de cá e manda pra lá. Na quinta também volta o Danilo. Por enquanto ainda fica no ar as situações pendentes do Marquezini e do Paulão. Aguardemos mais um pouco.

. . . que novamente é o caso de perguntar...

--- PODE ISSO ARNALDO?

. . . que hoje temos carros de luxo a serviço do Executivo e do Legislativo

--- Pois é... enquanto o saudoso Prefeito Braizinho percorria tudo com seu próprio carro, hoje a Prefeitura tem pelo menos dois bons carros oficiais, um deles (002) usado para transporte de autoridade do Executivo para ir à sua casa e ao seu trabalho, a Câmara mais dois, sendo um recém adquirido, de luxo, por quase 100 mil reais, para transporte principalmente de vereadores em viagens oficiais e até particulares para empregados deles, como o blog mostrou gravação outro dia. Se tais pedidos são ou não aceitos e realizados (alguém acredita que não???), cabe ao MP investigar. Porém, só o fato de um edil solicitar tamanha desonestidade para com o dinheiro público já é uma afronta e se tal investigação fosse feita e se comprovasse que realmente tais viagens não oficiais são realizadas, com certeza é com a conivência e aprovação da presidência. Enquanto isso o povão doente é transportado em ambulâncias sucateadas...

. . . o dia de hoje

ENTENDENDO O 9 DE JULHO - por Ivan César Belentani - Capitão da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

O dia 9 de julho se tornou feriado no Estado de São Paulo no ano 1997, por força da Lei 9.497, promulgada pelo então Governador Mário Covas. Entretanto, muitos cidadãos paulistas desconhecem o que é comemorado nesse dia.
O dia 9 de julho é considerado a data magna de nosso Estado, ocasião em que se comemora a Revolução Constitucionalista de 1932. 
Pois bem. Vamos entender de forma simples o que aconteceu e porque essa data é tão importante para o Estado de São Paulo.
Em 1930 Getúlio Vargas, que era gaúcho, assumiu o poder da nação, depondo o então presidente Washington Luis e impedindo que Júlio Prestes, paulista, assumisse o governo. 
Vargas destituiu o congresso e retirou poderes dos Estados.
Muitos paulistas acreditavam que Getúlio convocaria uma assembleia constituinte e eleições presidenciais, fatos que não ocorreram, gerando revolta no Estado.
Na busca de um regime constitucional e com apoio de comerciantes, profissionais liberais, maçons e estudantes universitários, em 23 de maio de 1932 ocorreu um grande ato político na cidade de São Paulo pedindo a realização de eleições. 
Os estudantes Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza e Antonio Camargo de Andrade, que participavam do ato, foram mortos durante tentativa de invasão a um local que se concentravam apoiadores do regime de Getúlio Vargas.
Surge aí a sigla M.M.D.C., referente à forma como os estudantes eram conhecidos – Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Mais tarde acrescentou-se a letra A ao final da sigla, referente ao jovem Alvarenga, também morto no conflito.

Surge também a partir daí, já no dia 9 de julho, uma grande revolta armada, na qual os paulistas exigiam a saída de Vargas do poder, a realização de eleições e a elaboração de uma nova Constituição.
Utilizando os meios de comunicação existentes na época – rádios e jornais – foram mobilizados mais de 200 mil voluntários, dos quais cerca de 60 mil atuariam em combate. 
As tropas paulistas, incluindo-se o efetivo da então Força Pública, atual Polícia Militar – que participou com cerca 10 mil combatentes, 4 aviões, 5 trens blindados e diversos veículos também blindados – imaginavam que poderiam contar também com o apoio de militares mineiros, mato-grossenses e gaúchos, mas o apoio não chegou.
Cerca de 100 mil soldados aliados do governo federal partiram para o enfrentamento com os paulistas.
Após quase 90 dias de intenso combate e cercadas por tropas federais, as tropas paulistas, com necessidades de alimentação e armamento, se renderam ao governo federal.
Batalha perdida em campo e vencida na política. Vitoria moral para os paulistas.
Embora dados não oficiais indiquem a morte de cerca 2 mil soldados paulistas, o objetivo seria alcançado, já que em 1934 ocorreria a promulgação de uma nova Constituição, que ficaria em vigor até 1937, quando Vargas fechou o Congresso Nacional, cassando a nova Constituição.
Vargas ficou no poder até 1945, quando foi finalmente deposto. 
Em homenagem aos paulistas mortos na revolução, foi construído no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, o Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32. Maior monumento de São Paulo, com 72 metros de altura, abriga os restos mortais de mais de 700 combatentes, com destaque especial para Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (M.M.D.C.).
Entre várias inscrições existentes no monumento, a que mais se destaca é a constante de sua base:
"Viveram pouco para morrer bem,
morreram jovens para viver sempre."
Orgulho dos paulistas, a Revolução de 1932 jamais deverá ser esquecida, como forma de honrar a memória daqueles que lutaram e deram suas vidas por um Brasil mais justo e perfeito.



* Em SERRA NEGRA jamais poderemos nos esquecer nesta data principalmente, da figura magnânima de nosso amigo eterno, o Cabo BRAZ EDUARDO DE CASTRO BLOTTA, herói constitucionalista e prefeito, um dos únicos que saíram da Prefeitura mais pobre do que quando entrou e percorria as obras da cidade e todos os bairros da periferia com seu próprio carro, uma Vemaguete. Enquanto viver, nesta data pelo menos, jamais deixarei de homenagear a memória de nosso querido Braizinho.