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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

. . . que é muito importante que leiam isso

Lava Jato

Por Jorge Serrão 

O santo nome de Luiz Inácio Lula da Silva só não figurou entre os cotados a prisão no desdobramento da Operação Lava Jato (citado por dois delegados federais de peso) para não desmoralizar, completamente, a figura institucional da Presidência da República. Brevemente, os escândalos vão atingi-lo diretamente. Provas documentais vindas da Suíça e da Holanda, com aval do Departamento de Justiça dos EUA (que investiga a Petrobras) serão letais para os corruptos.

Tal avaliação foi feita por um grupo de magistrados que acompanha, em Berlim, na Alemanha, os desdobramentos imediatos do cumprimento, desde ontem, dos 85 mandados judiciais de prisão ou coerção temporária e mais 123 ordens de busca e apreensão de documentos em grandes empreiteiras suspeitas de superfaturar margens de lucro em obras e serviços com o governo, principalmente nos contratos com a Petrobras, para distribuir corrupção a políticos, lavando bilhões de dólares no Brasil e no exterior. Foi mais uma ordem judicial do juiz Sérgio Fernando Moro, o Homem de Gelo, da 13a Vara Federal em Curitiba.

Um integrante do governo - que só pode ser esquizofrênico - teve a coragem de comentar por escrito, ontem à tarde, em documento reservado, que "Dilma está blindada". O mesmo interlocutor alega que Dilma não será prejudicada pelos problemas na Petrobras na gestão do antecessor Luiz Inácio da Silva. Apesar da "blindagem de Dilma", o assessor próximo reconhece que a gestão da estatal durante o período Lula "já está atingida".

A recomendação interna é que Dilma faça um discurso preventivo, elogiando as ações da Polícia Federal e mostrando que ela, na luta contra corrupção, iniciou mudanças na empresa, demitindo diretores. Outro conselho tático complicadíssimo é que Dilma estabeleça, urgentemente, uma separação entre as administrações na Petrobras no "período Lula" e no "período Dilma". Tal missão é impossível na prática. No governo Lula, quando os problemas ocorreram, Dilma ocupava nada menos que o cargo de "Presidente do Conselho de Administração da Petrobras".

O primeiro governo Dilma acaba mal, sem ter começado direito. O segundo mandato dela já tem riscos concretos de nem acontecer. Nem um malabarismo jurídico no Supremo Tribunal Federal conseguirá evitar, em breve, a desproclamação da República Sindicalista do Brasil. Por ironia, a salvação nacional é costurada a partir da Alemanha, país que nos impôs a vexaminosa goleada de 7 a 1 na Copa do Mundo de 2014. Um magistrado da força-tarefa "germânica" adverte a seus pares: "A nova etapa da Lava Jato não produzirá somente efeitos bombásticos. Arrastará  a republica petista ao maior descrédito e fará com que Dilma fique mais isolada. Estamos no término de um dos mais venais e sacanas governos da república das bananas".

Os futuros acordos de leniência, firmados pelo judiciário com empreiteiras que participaram do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro, tendem a ser fatais para dezenas de importantes figurões políticos beneficiados. A Lava Jato no Petrolão cumpre o papel saneador que ficou incompleto no Mensalão. Na Ação Penal 470 quem se ferrou, concretamente, foi o rigoroso Joaquim Barbosa - forçado a aposentar a toga por pressões muito além da coluna cervical. O resultado prático do Mensalão é sinônimo de impunidade, tendo apenas Marcos Valério como grande bode expiatório que continuará por bom tempo na cadeia, em troca de um silêncio que pode ser quebrado a qualquer momento.

Na Lava Jato a coisa fica mais preta e suja que Petrolão na cueca de petralha sofrendo de caganeira. Foi preso ninguém menos que o homem de confiança do reeducando José Dirceu na Petrobras, Renato Duque, o "diretor de serviços" de 2003 a 2012 - só sendo demitido no mesmo ano do "diretor de abastecimento" Paulo Roberto Costa, convertido em "colaborador premiado" do Judiciário e do Ministério Público Federal. Aposta-se que Duque acabará forçado a aderir à "delação premiada". Acordo parecido (chamado de leniência, quando se refere a pessoas jurídicas) deve valer para diretores de grandes empreiteiras envolvidas nas falcatruas bilionárias. Em "prisão domiciliar", Dirceu deve estar pt da vida e preocupadíssimo com o que vem por aí... Imagina o amigo Lula, chefão de todos...

O cataclismo político é inevitável. Se Lula for afetado, Dilma fica frágil para cair por tabela. O mercado brasileiro fica desmoralizado perante o resto do mundo, com as maiores empresas (representativas do PIB) tendo seus dirigentes presos por corrupção, mesmo que temporariamente. Vem aí um inédito e gigantesco acordo de leniência (nunca antes visto na história do Brasil) entre o MPF, Judiciário e empreiteiras. A moeda de troca das delações dos nomes de político será uma espécie de perdão aos dirigentes das empresas (que acabarão condenadas a pagar multas milionárias, que, somadas, podem chegar a bilhões de reais (ou dólares). Isto só nos processos brasileiros. Sem falar nos que já correm (civis e criminais) nos Estados Unidos.

O juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal em Curitiba, tem um papel chave no "saneamento" da Lava Jato. Ele e outros membros do judiciário, do Ministério Público, da Polícia e da Receita Federal, que não aceitam mais o grau degradante da corrupção sistêmica no Brasil, merecem todo apoio individual e popular. Lugar de ladrão é na cadeia! Lugar de político corrupto é no parlatório da Penitenciária. De preferência, pagando pena e pagando multas, com o patrimônio pessoal ou familiar, pelo que roubou do poder público. Qualquer coisa diferente disto é barbarie e impunidade. Os brasileiros não aguentam mais tanta sacanagem! Chega de Pizza!

A República precisa ser reproclamada com urgência urgentíssima, baseada em princípios verdadeiramente federativos, com democracia, gestão pública de qualidade e transparência absoluta sobre investimentos e despesas com o dinheiro público.

. . . o caso do não pagamento da 2ª parcela 13º dos funcionários do Hospital

--- A respeito da 2ª parcela do 13º dos funcionários do Hospital Santa Rosa de Lima de SN, o Blog-Comentando ouviu em entrevista telefônica gravada, seu Provedor João Dei Santi:

--- O que tem de verdade nessa notícia do não pagamento da 2ª parcela do 13º dos funcionários?
--- Boa tarde Lauro, meu caro amigo, eu resolvi colocar o comunicado para os funcionários porque estou preocupado com eles e principalmente com o Hospital ser mantido aberto para toda a população e os turistas que nos visitam. O que ocorreu é que houve um confisco, um bloqueio de um valor do hospital que estava destinado para o pagamento dessa 2ª parcela. A Prefeitura tinha autorização da Câmara para repasse de até R$100.000,00. Veio o problema do PROSUS que eu tinha que fazer uma opção Lauro. Ou eu pago esse PROSUS e mantenho a condição de fazer convênios com a Prefeitura e os Governos Estadual e Federal ou eu pago essa 2ª parcela do 13º dos funcionários. É evidente que se você perguntar pra qualquer pessoa, irá dizer que eu agi corretamente, isto é, colocar o PROSUS em dia pra poder manter o Hospital com as portas abertas e garantir inclusive o emprego dos funcionários e o atendimento da população. Primeiro que não deixei de pagar essa parcela porque eu quis, pois jamais eu faria isso, muito pelo contrário, quando eu tive a possibilidade de pagar a 1ª parcela e preocupado com a possibilidade de haver um bloqueio, foi paga a 1ª parcela em torno do meio do ano. Eu queria que estivesse tudo em ordem, mas isso não quer dizer que eu não vá pagar, o que farei assim que esse dinheiro for desbloqueado pela Justiça em Amparo. Aí eu vou regularizar essa 2ª parcela, porém, agora, a Justiça está em recesso e por isso eu ainda não sei quando será, mas eu e o Jurídico do Hospital estamos em cima disso para que haja esse desbloqueio, porque a situação financeira do Hospital, todos sabem, é crítica e não é de hoje. Em nenhum momento eu disse que não iria pagar, muito pelo contrário, eu queria que estivesse tudo em ordem não só em relação aos funcionários, como todo o problema financeiro do Hospital, fornecedores, etc.

--- Você foi procurado por algum funcionário?

--- Eu particularmente não fui procurado por nenhum funcionário se dizendo descontente com essa situação. Se alguém procurou o vereador, o que eu não acredito, eu desconheço isso, porque nós temos lá no Hospital o Provedor e o Administrador para serem questionados sobre isso. Eu poderia ter feito uma reunião para explicar aos funcionários, mas eu achei que a coisa era tão grave a ponto de eu priorizar o Hospital permanecer aberto. Então fiz um comunicado aos funcionários explicando inclusive que houve um bloqueio do dinheiro e foi por isso que eu não consegui pagar a 2ª parcela do 13º dos funcionários.

--- O blog também ouviu o Jurídico do Hospital, Dr. Leandro Tomazi, que também participou da decisão tomada pelo provedor, confirmando todas as suas palavras e acrescentando que no projeto de lei aprovado pela Câmara em nenhum momento especifica o destino que os R$100.000,00 deveria ter e sim que foi uma verba de ajuda ao Hospital pura e tão somente. Afirma também que todas as verbas, repasses, etc., que chegam ao Hospital são documentados e enviados para a Secretaria Municipal de Saúde e devidamente auditadas pelos órgãos públicos competentes e tudo está à disposição de quem quer que seja para ser visto e estudado. Só a título de informação, estes R$100.000,00 no caso, por razões e causas diversas, foram usados para a folha de pagamento do mês de dezembro.

. . . só para provar o que disse no outro tópico sobre o facebook




Decoração na rua Coronel .... é só aqui mesmo.
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