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quarta-feira, 21 de maio de 2014

. . . por onde anda?

--- Se você quer notícias do Rogério Lemos, acesse seu novo blog : 
http://aggreegator.blogspot.com.br/





O jornalista sai da faculdade cheio de sonhos e com duas torres ornamentando seus pensamentos: A tal da pirâmide invertida e a imparcialidade.

É claro que guardadas as circunstâncias, há meios de isenção conforme as modalidades aplicadas nojornalismo. Em vias de regra, a notícia deve ser dada com a tal da isenção, enquanto a opinião deve ser assinada embaixo por quem a emite, não é mais ou menos isso?

No entanto, vamos combinar que a maioria dos patrões empreendedores e donos dos veículos, sequer passaram perto de uma faculdade de jornalismo, mas não são ingênuos o suficiente para não saber que possuem nas mãos uma grande vitrine para os seus interesses, sejam lá eles quais forem. Vamos nos concentrar no ganha-pão dos veículos. Como vocês acham que eles se sustentam? Podemos citar três aspectos:

1 - Verbas publicitárias
2 - Fornecimento de conteúdo
3 - Verbas governamentais

No primeiro aspecto, dependendo do tamanho do veículo e sua abrangência, as verbas publicitárias representam uma grande parte da receita das mídias, no entanto, dependendo do cenário econômico do momento aliado com o retorno periódico que os veículos podem ou não dar, essa verba publicitária é a primeira a ser cortada, seja por falta de visão ou outra justificativa que não vem ao caso.

No segundo, os grandes veículos são os que se podem se organizar logisticamente para o fornecimento de conteúdo aos menores, se esses tiverem "bala" para segurar o rojão. Definitivamente, não é isso que segura a bronca.

No terceiro, meus amigos, são as verbas governamentais de publicidade por assim dizer. Vale lembrar que o governo é como qualquer outra instituição que precisa dar publicidade aos seus atos e para isso se utiliza da mídia. Aí é que mora o perigo.

Vocês acham que os veículos não temem represálias como o corte dessas verbas, caso haja alguma opinião que vá ao aposto do proposto? Vocês realmente acreditam que todos os jornalistas são isentos de acordo com a linha editorial de seus respectivos veículos?

Leia-se "governo" todos os aspectos políticos, pois não é necessário que essas verbas sejam aplicadas somente pelo governo, mas também por quem almeja chegar até ele. Leia-se oposição.

Hoje, durante entrevista à Jovem Pan, a jornalista Ana Paula Padrão declarou que "Essa história de jornalismo isento é uma falácia".

Leia a matéria:


Claramente lembrando o caso da colega Rachel Sherehazade, a ex-âncora da Globo falou sobre o perigo do jornalista se considerar um formador de opinião.

E você, o que acha?

== R.

*Imagens: Divulgaçã

* Rogério Lemos é jornalista, produtor de conteúdo e professor

18 comentários:

Anônimo disse...

É isento até que esbarre nos interesses da empresa de Comunicação. Quem ainda lê a Veja não sabe que os Civita estão vinculados aos partidos de direita e ou talvez ao os que se auto definem centro ou centro-direita e que todas as matérias sofrem mais do que um "copy desk", ou seja uma simples revisão. Na verdade são reescritas, conforme a orientação editorial. Por conta disso, há repórter que pediu demissão na primeira semana de trabalho. Essa forte característica é observada não só nas reportagens políticas e econômicas da Revista, mas em todo seu conteúdo produzido num padrão e estilo únicos de escrita do começo ao fim. Existem, sim, jornais e jornalistas confiáveis e que suam a camisa para driblar essa imposição e tentar sempre oferecer ao leitor uma reportagem equilibrada. Mas isso, como em toda a profissão exige ética, profissionalismo e capacidade de indignação, o que muitos perdem quando se deparam com salários de mais de R$ 100 mil como essa jornalista que se diz porta-voz da verdade. Nesse caso, como existe um público ávido por ouvir o que quer sem se preocupar com as verdades do fato e esse público é consumidor dos produtos anunciados pela emissora, ela está ganhando carta branca para falar, atrair esse público "carente" e assim garantir o retorno financeiro para os anunciantes. Simples assim.

Anônimo disse...

Só para quem possa interessar, já que estamos falando de mídia, segue informações que os mais informados sabem, mas os mais espertos não gostam de divulgar:

No topo da lista da Forbes está o clã Marinho, dono das Organizações Globo, que aparece com uma fortuna acumulada de 64 bilhões de reais.

O patrimônio das 15 famílias mais ricas do Brasil, segundo lista divulgada pela revista Forbes, é dez vezes maior que a renda de 14 milhões de grupos familiares atendidos pelo programa Bolsa Família. De acordo com a publicação americana, os 15 clãs mais abastados do Brasil concentram uma fortuna de 270 bilhões de reais, cerca de 5% do PIB do País. O Bolsa Família, por sua vez, atendeu 14 milhões de famílias em 2013 com um orçamento de 24 bilhões de reais, equivalentes a 0,5% do PIB.

Anônimo disse...

Certamente que a fortuna dos irmãos Marinho não foi acumulada em 1 ano.
Semelhante caso é o Antonio Ermírio de Morais, um Sr de 85 anos, ou o Bill Gates, por exemplos.
Se considerar os benefícios sociais aplicados durante 30 anos teremos uma cifra aproximada de 15% do PIB, ou seja 720 bilhões de reais. E aí? O que essa gente bolsista devolveu ao Estado e retribuiu aos contribuintes que lhes sustentaram?
Comeram e fizeram cocô e no mês que vem tem mais ou produziram pelo menos alguns quilos de chuchu?
O que devemos estar atentos é com o dinheiro que some nessas operações de governo, Petrobrás com 260 bilhões de dívida, setor elétrico com 20 bilhões de dívida, dívida pública(interna e externa) de 2,12 trilhões de reais, refinaria roubada pela Bolívia, renegociação desnecessária com a tarifa de energia em Itaipu, construção de porto em Cuba, perdão de dívidas com países Africanos... shiii...a coisa vai longe. Aqui sim, temos problema!
Agora, dividam esses 5% do PIB das 15 famílias mais abastadas por 60 anos de trabalho, em alguns casos 70 anos, desde Assis Chateaubriand e Matarazzo.
Quanto à Veja, há uma diferença entre reportagens e colunistas. Repórteres denunciam os fatos. Colunistas denunciam os fatos e emitem opinião. Faz parte do jornalismo e da informação.
Já o Faustão faz o circo. Quem topar, topou. É uma escolha, assistir ou não. Se poderia dizer o mesmo do futebol? Que o futebol é um esporte da "esquerda"? Dizer que isto ou aquilo é de direita ou esquerda, invoca-se valores morais. Mentir, recontar fatos segundo a novilingüa, como fazem com o passado do Brasil, para mim é coisa de pessoas frustradas. Vejam casos como Ferreira Gullar, Florestan Fernandes, César Benjamin, Gabeira e outros, todos ex-companheiros, arrependidos de terem participado da farsa que é o PT hoje, um partido trambiqueiro e mentiroso, arrastando o país ao caos sob o argumento de que "os outros roubaram", "todo mundo faz", "nunca antes na história desse país" e mais blá blá blá.

Agora me diga lá...quais são os partidos de direita no Brasil?
Me cite pelo menos um.

E se não tivéssemos a Veja com as informações relevantes que temos das falcatruas políticas por esse Brasil afora, aí sim estaríamos muito mal, muito pior.

Anônimo disse...

Olha só Laurinho o que encontrei...ex jornalistas da VEJA e com quem estão trabalhando ou trabalharam. A VEJA é petista?


1 – João Santana – Lula, Dilma, Palocci e Delcídio Amaral;

2 – Thomas Traumann – porta-voz de Dilma e, depois, ministro de estado da “presidenta”;

3 – Luiz Rila – José Dirceu e campanha do Lindbergh Farias;

4 – Luciano Suassuna – Alexandre Padilha;

5 – Eduardo Oinegue – Patrus Ananias e Alexandre Padilha;

6 – Ronaldo França – Dilma;

7 – Chico Mendez – campanha do Fernando Pimentel ao governo de Minas;

8 – Lula Costa Pinto – Agnelo Queiroz;

9 – Mario Rosa – várias consultorias ao governo e ao PT (Palocci, Dirceu, Agnelo…)

Anônimo disse...

Não entendi muito a associação de editores da Veja com assessorias de petistas. É claro que a Veja não é petista nem deixa de contratar bons jornalistas e claro que bons jornalistas não vão deixar de assessorar políticos a não ser que coloquem suas convicções políticas acima do profissional, o que não ocorre com os bons. O que é verdade é que petistas ou não todos os jornalistas, editores ou repórteres, são enquadrados na linha editorial da revista. Conseguem fazer isso por algum tempo, precisam trabalhar, mas quando fere muito a ética e já não é possível conciliar acabam saindo fora. As matérias da Veja em geral são reportagens editorializadas e isso é muito claro.

Anônimo disse...

Roberto Marinho trabalhou arduamente. Como empresário fez um belo papel não resta a menor dúvida, mas concomitantemente usou de manipulações de informações, trocas de favores com governos em benefício de seus negócios e interesses em detrimento muitas vezes do interesse de toda a Nação. E esse posicionamento contribuiu e continua contribuindo para manter políticas que deem continuidade a concentração de renda, à desinformação e a alienação da maioria. Para o pessoal da base ascender, o bolo tem de ser repartido e para isso quem domina tem de abrir mão, ganhar menos mas quem quer isso? Que tal imposto para as grandes fortunas? Será que Roberto Marinho deixaria passar esse projeto na Câmara? Nem esse nem qualquer outro que contraria seus interesses.

Anônimo disse...

Digamos que um trabalhador tenha amealhado fortuna durante 40 anos, comprando, vendendo, construindo, investindo, pagando impostos em todas as suas operações, desde o ganho salarial até operações empresariais. Joga-se fora esses 40 anos de impostos pagos e cobra-se impostos novamente sobre a fortuna atual?
O que é preciso distinguir são as fortunas lícitas das ilícitas, o ganho honesto do desonesto. Aí não é caso de cobrar impostos, mas caso de polícia.
Quanto a políticas públicas entre construir estádios (bilhões de reais) para copa do mundo e olimpíadas e fazer obras de saneamento, melhoramentos no atendimento à saúde, segurança pública, etc... qual foi a opção do governo federal?
Quanto a reduzir impostos e taxas deixando a população com mais dinheiro no bolso para que faça a sua opção de investimento, quais têm sido as políticas públicas nos últimos 35 anos, quando tínhamos uma carga tributária de 20% e hoje temos 40%?
Qual política pública temos em relação à poupança popular? Remuneramos os banqueiros ou a poupança popular? Além disso, com qual dinheiro o banqueiro trabalha? O banqueiro empresta o dinheiro das poupanças, obtém ganhos espetaculares, divide algum com acionistas, e ainda se remunera com tarifas e taxas dos seus clientes. Certamente são as políticas públicas que dão permissão ao argentário para agir.
O mercado necessita dos poupadores e dos banqueiros. Mas as políticas públicas não incentivam a poupança para posterior compra à vista. Incentiva sim, os financiamentos. Logo, o Estado é o maior incentivador da pobreza e da miséria da população sob a máscara das "conquistas sociais".
Quer fazer algo pelo país? Vai lá, comece um negócio, monte uma empresa, gere empregos, enfrente a burocracia, direitos, onde o Estado, sem investir nada diretamente usufrui de 40% sobre o PIB das operações. O risco do empresário é o lucro ou a falência.
E o que o Estado devolve? Saúde precária e educação ideológica.
Quero ver quando você, depois de trabalhar 40,50, 60 anos amealhar fortuna, se irá distribuir com aqueles que ficam nas esquinas procurando trabalho fácil.
Geralmente, quando se cobra atitudes dos outros quando se tem nas mãos a iniciativa de fazer e não se faz, a demagogia leva o Chico a passar férias em Paris e não em Cuba ou no Afeganistão ou Venezuela. Nada contra o seu direito de ser rico e escolher férias onde quiser. Porém não me venha falar em políticas públicas e pobreza quando quase toda a sua riqueza foi obtida com a Lei Rouanet, dinheiro público que poderia ser investido em políticas sociais. O malandro usa sempre esses artifícios. Faz o samba de protesto com dinheiro público, bota no bolso milhões de reais e defende políticas públicas com mais dinheiro dos contribuintes, da maioria da população pobre. Quem é o inimigo, afinal?
Há realmente uma grande distorção entre os 40% de carga tributária arrecadada e sua aplicação prática. O Estado é mau gestor e a máquina estatal cobra 5,40 reais por km rodado, mais a catraca, quando o transporte rodoviário cobra 1 litro de diesel. Onde está a boa política pública?

Anônimo disse...

Sera que o Bolsa Familia não da retorno? Pesquisa divulgada hoje.


Ipea: cada R$ 1 gasto com Bolsa Família adiciona R$ 1,78 ao PIB



SÃO PAULO - O Bolsa Família tem um dos menores custos entre os chamados programas de transferências sociais, mas é o que tem o maior efeito multiplicador sobre a economia, de acordo com dados apresentados nesta terça-feira, 15, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), durante balanço dos dez anos da iniciativa.

Para o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e presidente do Ipea, Marcelo Neri, um dos principais atributos do programa é seu bom custo-benefício. Os gastos com o Bolsa Família representam apenas 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mas cada R$ 1 gasto com o programa “gira” R$ 2,4 no consumo das famílias e adiciona R$ 1,78 no PIB.

Para efeito de comparação, em outro programa de transferência, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) é gasto 0,6% do PIB, com geração de R$ 1,54 em consumo e R$ 1,19 no PIB. O seguro-desemprego, cujos gastos alcançam também 0,6% do PIB, rende R$ 1,34 em consumo e R$ 1,09 no PIB.

Pró-pobre

“Isso ocorre porque o programa é pró-pobre, e os pobres costumam gastar maior percentual da renda familiar mensal do que outras faixas da população”, afirmou Neri.

De acordo com os dados do Ipea, o Bolsa Família reduziu a extrema pobreza em 28% entre 2002 e 2012. Caso o programa não existisse, o percentual da população vivendo com renda mensal inferior a R$ 70 seria de 4,9%, ante atuais 3,6%, dado calculado com base nos dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Entre 2002 e 2012, o Bolsa Família respondeu, de forma relativa, por 12,2% da queda na concentração de renda medida pelo índice de Gini. Nesse período, a renda real média entre os 10% mais pobres no país avançou 120%, contra 26% entre os 10% mais ricos.

Ainda segundo os dados mostrados pelo Ipea, cada real fiscal gasto pelo programa gera um benefício social 5,2 vezes maior.

O impacto do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que foca idosos e pessoas com deficiência, é de 2,7, e, da Previdência, 1,07. “Para quem, como eu, tem preocupações com o lado fiscal, o Bolsa Família é um bom programa, porque faz muito gastando pouco”, disse Neri.

O efeito macroeconômico, segundo o ministro, é o maior entre todos os meios de transferência social praticados, hoje, no Brasil, como seguro-desemprego e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre outros.

Neri frisou, ainda, que o valor gasto em percentual do PIB com o programa é bastante inferior ao despendido por países da Europa e pelos Estados Unidos — este último, de acordo com o Ipea, transferiu 2% do PIB no ano passado (US$ 315 bilhões) para programas chamados “focalizados”.

A ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), completou dizendo que ainda há espaço para ampliar o programa e deu como exemplo de inciativas recentes nesse sentido o Brasil Carinhoso, que beneficia crianças de zero a seis anos e cujos efeitos não foram aferidos pela pesquisa, que se deteve em dados colhidos até setembro do ano passado.


Anônimo disse...

A matéria já começa mentindo, dizendo que o projeto tem 10 anos de iniciativa. Nem vou ler o resto.

Anônimo disse...

Ora, ora...se ser rico é um mal, porque querem distribuir as riquezas, porque não deixam os pobres como estão já que a ideologia lhes proporcionarão uma perseguição, no futuro, caso fiquem ricos?

Anônimo disse...

Na igreja o pastor disse que o dinheiro e' o causador de todas as desgracas do mundo. Disse que dinheiro causa guerras, destruicao, miseria. Quando terminou o servico ele passou um saco grande pedindo que colocassem dinheiro dentro deste saco.

Anônimo disse...

O IPEA quer dizer que se toda a arrecadação federal fosse gasta em Bolsa Família teríamos um acréscimo de 178% ao PIB?
Negocião hem! para o governo federal.
Se temos 1,5 trilhões de arrecadação retornaria algo como que 2,67 trilhões para o PIB que geraria mais 1,068 trilhões de arrecadação, aumentado a arrecadação federal para 2,946 trilhões de reais anualmente e assim em um movimento continuado o PIB do país cresceria 71,2% ao ano?
Cara...o IPEA descobriu o segrêdo para não mais trabalharmos!

Anônimo disse...

Me parece que o aumento da criminalidade, tráfico de drogas e assassinatos tem uma relação direta com o "fim da pobreza".

Anônimo disse...

Mas quem tem a chave do cofre para liberar as verbas publicitárias? É o governo ou a oposição?
Em sendo o governo, no caso do SBT, o governo pautou a linha editorial sob ameaça de tirar a verba publicitária. Isso deve ocorrer em todas as mídias que recebem verba do governo. Logo, não temos uma mídia totalmente isenta. Alguns colunistas, talvez.
Na minha opinião, qualquer empresa deve fazer negócios com seus clientes, dentro da lei.
Noticiar fatos é uma coisa. Emitir opinião é outra.
Imagino um arquiteto obrigando um cliente a aceitar um projeto, sendo que o projeto será pago pelo cliente. Sendo assim, publicidades e inserções de governo na mídia não deveria obrigar a noticia, a opinião, o conteúdo jornalístico ou o conteúdo programático a seguir uma linha editorial. Isso vai da aceitação dos proprietários das empresas. Se a imposição acontece, ou é ditadura ou necessidade financeira.

Anônimo disse...

A discussão rende pano para manga. Quando fala-se de imposto por mais pesada que seja a carga tributária do setor produtivo e isso é ninguém pode negar, invariavelmente os governos seja de qual partido for, agora mais intensamente no PT, oferecem subsídios e fazem negociações tributárias para estimular a produção. Justo é porque é preciso uma política de estímulo à produção. O trabalhador, o assalariado de forma geral, no entanto, não recebe incentivo algum. O desconto vem direto no holerite. Sem contar o que pagam no preço final que inclui o efeito cascata de todo o setor produtivo. Não resta a menor dúvida de que que a proporção imposto/renda é muito mais pesada para quem ganha menos do que para os que ganham mais. Imposto sobre fortuna ou qualquer outra alternativa que a sociedade considere justa precisa ser adotada, mas é claro que os interesses dos grandes empresários e da classe média são diferentes e quem tem dinheiro e força para fazer melhor o seu lobby são os mais ricos, incluindo aí os donos das principais emissoras de TV, que invariavelmente defendem seus interesses. Quanto ao setor bancário, não resta dúvida de que é o que mais ganha com bilhões de lucros anuais. Isso, no entanto, não é invenção do atual governo. Setúbal e outras famílias banqueiras já são privilegiadas desde sempre. As condições de trabalho dos bancários, que ainda é sofrível em especial atualmente por conta do estresse provocado pelas metas absurdas impostas aos funcionários e também pelo medo da violência inerente à atividade, já foram muito piores. Quem lembra das greves de bancários no final dos anos 80 e início dos anos 90 sabe que houve avanços trabalhistas da categoria. Não dá também para deixar de lembrar que o mercado financeiro reina absoluto no Brasil e no mundo mesmo depois da crise financeira de 2008. O mercado financeiro é "improdutivo", mas quer dirigir a economia mundial e no Brasil, como vimos a oscilação da Bolsa nas últimas semanas, quer viver de especulações e agora das projeções de pesquisas eleitorais. É um absurdo atrelar a economia real ao mundo virtual do mercado financeiro. E isso não é um problema nacional nem do atual governo federal. É uma questão mundial que não interessa a muita gente discutir. Ontem, as Bolsas voltaram a cair porque a presidente aparece com 40% das pesquisas eleitorais. O triste é que a imprensa entra nessa e esquece que os interesses do Brasil real são muito diferentes dos interesses do Brasil virtual.

Anônimo disse...

O papel que o jornal O Serrano vem desempenhando na cidade nos últimos anos é um bom parâmetro para refletir sobre a imprensa em nossos dias. Os serranos confiam plenamente no que é publicado em suas páginas? Não dá para comparar com Globo, Veja ou Folha de S. Paulo, mas dá para refletir sobre o assunto. Em hipótese alguma deve se defender o fim da imprensa. Ao contrário, é preciso uma imprensa forte, o mais isenta possível porque ela sempre vai esbarrar em algum interesse.

Anônimo disse...

A população brasileira, um dia se arrependerá do que está fazendo hoje mas talvez já seja tarde. Quando o Brasil tiver um território bem menor do que tem hoje (invadido por potências estrangeiras em busca de nossas reservas naturais), estivermos vivendo numa verdadeira guerra civil com brasileiros matando brasileiros de uma forma generalizada e cada cidadão tendo que portar uma caderneta para receber a sua ração alimentar semanal, aí sim a população brasileira perceberá que fez a escolha errada ao apoiar essa corja que governa nosso país hoje em dia, que vive achincalhando aqueles que verdadeiramente lutaram para manter o Brasil íntegro com uma sociedade vivendo de forma pacífica e harmoniosa, mas então será tarde demais...

Anônimo disse...

Estímulo à produção? De qual produção? A participação da indústria no PIB chega a percentuais de 1950 e cada vez caindo mais. Geramos emprego na China em detrimento da industria nacional.
É preciso ter prudencia. O livre mercado deve ter regras claras de competitividade para poder competir.
Não falo de subsídios e protecionismos, hoje é uma coisa amanhã é outra. Mas de regras para acompanhar e competir com a industria mundial, onde o empreendedor sinta segurança, seriedade. O PT estimulou financiamentos de veículos e hoje, na capital, sem mobilidade urbana, impõe o transporte público, com lotação(lata de sardinha) máxima.
Além do preço à vista do veículo ser o dobro do que se paga nos EUA ainda se paga mais um, quase mais 2, com o financiamento. Isso é estimular a pobreza do cidadão em favorecimento do banqueiro. Não quero dizer com isso que o banqueiro não tenha que ganhar, mas entre estimular o financiamento ou a poupança, o que é mais rentável ao cidadão? E o que o governo faz? Remunera graciosamente os empréstimos estatais em detrimento da poupança popular.
No mercado de salários deve prevalecer o mesmo que no mercado geral, a lei de oferta e procura. Quanto maior o consumo, maior a produtividade, maior a geração de empregos e tecnologia. Se não houver produtividade com consumo elevado, vem a inflação. E para haver produtividade, competição para atender as demandas, as regras devem ser claras, sólidas e confiáveis, credibilidade, em benefício do produtor que irá transferir sua produtividade ao mercado com preços competitivos sob o risco do negócio ser perdido. Quem ganha com isso? Todos ganham! Produtor, consumidor e governo.