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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

. . . que é crime só quando lhe convém


5 comentários:

Anônimo disse...

Puxa, quanta gente trabalhadora! Devem estar defendendo idéias. Olhem só o debate. Fantástico!

Anônimo disse...

Lula foi o maior revolucionário das Américas. Revolucionou a educação pública, a economia, a tecnologia; a saúde é de outro mundo e a segurança pública melhor do que a da Síria. Os sindicatos são os maiores empreendedores do Brasil, trazendo a prosperidade, a distribuição de riquezas em suas mãos. Sem dúvida, não tenho dúvida de que a área rural imobiliária distribui terras para todos os necessitados, trabalhadores ordeiros e incansáveis. Vejam que momento fantástico de trabalho dos operários rurais.

Anônimo disse...

LULA diz que sente “um cheiro de retrocesso na América do Sul. Lula é muito bonzinho consigo mesmo. Lula deve estar com sinusite. Não é cheiro, é fedor, fedentina, chorume, podridão. #FORAPT

Anônimo disse...

Tópico que revela maldade e ignorância.
Maldade pela fotografia da presidente da república maquiada maquiavelicamente.
Ignorância porque uma coisa é lutar pela reforma agrária
no sentido de assentar pessoas na produção agrícola; e
outra coisa é impedir que produtos agrícolas e industriais
cheguem ao consumidor forjando inflação.
São lutas que revelam de que lado estão as pessoas.
Algumas estão lado a lado com outras pessoas formando uma grande corrente
que luta pelo bem comum; para que o barco de todos a cada dia seja mais seguro.
Outras estão isoladas em si próprias valorizando somente aquilo que sempre valorizou:
A INDIVIDUALIDADE E O PRÓPRIO BEM. Esquecem que todos estão no mesmo barco e semeiam egoísmo a torto e direito entupidos de preconceitos e rancores.

Anônimo disse...

Um texto especial para um dos blogs mais machistas que já conheci.

Querida presidenta...
Já sucumbimos a algumas batalhas contra o machismo, mas há muitas outras
Brasil merece um ano melhor para as mulheres

MARÍA MARTÍN
Antes de esboçar as primeiras linhas desta carta, já há meia dúzia de leitores com o rosto franzido reclamando por um “a”. Fique tranquila, acontece com a senhora, que provoca todo tipo de paixões, mas também com Michelle Bachelet e Cristina Kirchner. Ninguém parece gostar da palavra presidenta. “É uma invenção do PT”, dizem os que pegam mais leve. Até na própria redação já se ouviu: “Por que a chamamos de presidenta? É que soa esquisito”. Pois bem, paciência, tomara algum dia deixe de ranger nos ouvidos. Se não existisse o rótulo tentaríamos inventá-lo, mas felizmente a palavra é oficial desde 1899 e está registrada pela Academia Brasileira de Letras. Não há por que não usá-la.

Já sucumbimos ao fato —cultural e machista— de ter que chamar à senhora de Dilma, à colega argentina de Cristina e à ambientalista de Marina, como se fossem nossas vizinhas às que gritamos da varanda para que nos deem um par de ovos. E enquanto visualizo a imagem da Dilma com um avental rosa batendo à minha porta, preciso me referir aos seus colegas homens pelo sobrenome, com a distância que merecem seus cargos: Campos, Barbosa, Carvalho, Mercadante, Cunha... Acredito que, por enquanto, perdemos essa batalha.

Mais de 5.000 mulheres por ano continuam sendo mortas no âmbito familiar no Brasil. A lei Maria da Penha, que o pastor Silas Malafaia associou, com humor infeliz, ao embate verbal de Aécio Neves com a senhora em um dos debates eleitorais, não tem reduzido a sangria dos feminicídios no país, segundo o Ipea. A taxa de mortalidade por cada 100.000 mulheres foi de 5,28 no período 2001-2006, antes da aprovação da lei, e de 5,22 entre 2007 e 2011, segundo os últimos dados disponíveis. “Os crimes de feminicídio têm devastado o Brasil. São praticados com requintes de crueldade e terror pela carga de ódio, na sua grande maioria, quando as mulheres decidem dar um basta numa relação“, dizia este mês a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman.

A cada quatro minutos uma mulher foi vítima de estupro no Brasil em 2013. Os arquivos policiais relatam o abuso sexual de mais de 50.000 mulheres­, segundo o último relatório do Fórum de Segurança Pública. Os casos, segundo os especialistas, podem chegar aos 143.000, pois duas em cada três mulheres continuam sem denunciar. O Ipea, da sua parte, eleva essa cifra a mais de meio milhão de vítimas, 70% delas menores de idade.

Queria aproveitar esta carta, senhora presidenta, para lembrar aquela polêmica pesquisa sobre a percepção do brasileiro sobre a violência de gênero. Ela foi publicada com alguns percentuais trocados, mas mesmo assim as conclusões corrigidas também foram alarmantes. Segundo 65,1% dos entrevistados “mulher que é agredida por parceiro e continua com ele gosta de apanhar”, enquanto 26% deles, e delas, concordaram total ou parcialmente com que “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas”. Conforme 58,5% dos entrevistados, “se as mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros”.

Não vou aspirar, senhora presidenta, a que as ruas parem de mandá-la tomar no cu, pois o ambiente está tenso, e se o presidente fosse outro, teria, provavelmente, mesmo destino. Geraldo Alckmim mesmo já foi mandado ainda mais longe nos protestos de junho de 2013. Mas espero, sim, não ver mais uma charge que a ridicularize como se fosse uma garota de programa, ou um candidato com o dedo em riste em direção ao seu rosto, ou um portal repassando seus melhores looks deste ano. Após ouvi-la falar em nome "de milhões de mulheres guerreiras e anônimas" que, encarnadas na sua figura, voltam a ocupar "o mais alto posto dessa nossa grande nação", seria de esperar, apenas, que 2015 seja um ano melhor para as mulheres.

Atenciosamente,

Uma mulher
(extraído do jornal El País)