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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

. . . a sessão com transmissão

--- Não adiantou o novel Presidente Felipe não querer mais que houvesse transmissão ao vivo, com a camuflada desculpa de economia. Munícipes interessados em acompanhar e fiscalizar os "fiscalizadores da lei" estão transmitindo ao vivo pelas páginas do facebook. Com certeza existem outros motivos, talvez obscuros ainda não revelados, que justificam essa conduta, pois estes mesmos munícipes já perceberam "caras feias" de vereadores da situação quando percebem essa transmissão. Aqui a primeira observação em relação ao oposicionista Roberto que disse que iria cumprimentar os munícipes que estavam fazendo a transmissão ao vivo e não fez isso, não disse nada. Por que será nobre vereador? Esqueceu ou foi orientado pra não fazer isso? Aliás, até agora nenhum vereador oficialmente apoiou ou condenou e criticou essa medida anti-transparência do presidente, que usa, além da desculpa da economia, também o esfarrapado argumento de que as gravações das sessões entram no ar logo em seguida. Mas eu procurei no dia seguinte a gravação da sessão de ontem e não está lá até agora, 11 horas da manhã de terça. Promessa não cumprida já de cara senhor presidente. Mas ele sabe que gravação quase ninguém vê e que a transmissão ao vivo sempre tem maior audiência. Portanto, conta outra que essas desculpas não colaram...

* Mas aconteceu a segunda ordinária desta legislatura, que não sei se começou pontualmente, mas terminou faltando 5 minutos para a meia noite, com duas interrupções em seu decorrer.


* O quorum foi de 100%, claro. Ganhando o que estão ganhando, quem é louco de faltar? Aliás, o "presidente econômico" se fez de rogado e, claro, não tocou no assunto da redução de seu próprio salário de mais de 7 MIL REAIS POR MÊS... Deu uma de "migué"... 

* Entrou quieto e saiu calado o vereador do chapéu chamado pelo apelido de Tegão. Aliás, esclareçam uma dúvida. Os edis não são obrigados a usar terno e gravata. Usa quem quer, mas é permitido usar chapéu? Não é uma falta de respeito? Ou por algum motivo ele tem licença especial para isso? Perguntar não ofende...

* Vários assuntos foram tratados e discutidos, como a necessidade de Zona Azul no centro, falta de bom senso na determinação de mãos de trânsito, Sabesp, maiores cuidados com determinados bairros da cidade, assoreamento dos lagos do município, etc. Mas o que mais se destacou mesmo foi o requerimento do oposicionista Leandro Pinheirinho, que está sendo uma pedra no sapato da situação, que pediu informações sobre o quadro de funcionários comissionados na Prefeitura, com seus nomes, horários de trabalho, etc. Aí o bicho pegou. Primeiro o "oposicionista" Toco levantou a questão altruísta de não expor o nome de ninguém. Sob o ponto de vista humano da questão tudo bem, SE não estivesse em jogo o dinheiro público. Portanto, da mesma maneira que o prefeito, o vice e até mesmo os vereadores divulgam seus vencimentos por se tratar de dinheiro público que está sendo gasto para subsidiá-los (por que não dos demais funcionários também?) e nem por isso estão sendo expostos perante a opinião pública. A população tem todo o direito de também querer saber quem  ganha quanto para fazer o quê!!! Ou não??? O "oposicionista" Toco apoiado pelo situacionista Renato foram os paladinos para convencerem seus pares (situação) a rejeitarem o pedido de informações e o Eduardo (???) pediu abstenção. Leandro, reformule seu requerimento extraindo o pedido de nomes dos comissionados e vamos ver qual será a desculpa depois para sua não aprovação.

* Capítulo à parte: O primeiro grande bate-boca do ano. Presidente Felipe versus Vereador Leandro. A situação e seus "líderes" já estão prevenidos de longa data que esse edil seria, como está sendo, o leão a ser amansado, a ave cujas asas devem ser cortadas e assim, o Felipe com certeza está devidamente orientado neste sentido e isso ficou notório em sua postura na sessão de ontem. Quis diminuir o novato dizendo que por ele ser novo na vereança não conhece certas coisas. Recriminou severamente o Leandro dizendo que ali não é um local de brincadeiras, após o edil compará-lo com o Professor Raimundo da Escolinha e de perguntar em altos brados também se o presidente tinha algo pessoal contra ele, chamando-o de arbitrário. Estão vendo senhores uma das razões pelas quais critico e combato a heresia da declamação obrigatória do Pai Nosso??? Se a colocação do Leandro foi uma brincadeira desrespeitosa, como é chamada então a descompostura do presidente ao mandar o edil "ir fazer brincadeiras em seu mercadinho"??? Também foi um desrespeito, fazendo o edil passar vergonha. Erraram os dois!!! E aí o presidente abusou de sua posição, ameaçou cortar sua palavra e enviou carta de advertência ao vereador. Se erraram os dois, onde está a advertência do presidente???

* Com certeza o que dá pra se pensar é que uma coisa está atrelada à outra, ou seja, esse requerimento de pedido de informações em relação aos comissionados da Prefeitura, foi uma preliminar para em seguida vir outro igual em relação aos comissionados da Câmara, porque ambas as situações e condições são bastante semelhantes. Conclui-se que a situação fará de tudo para bloquear e rejeitar esse requerimento do Leandro e se conseguirem esse intento, automaticamente vão conseguir também em relação ao outro que virá em seguida. Isso se confirmando, ficará "tudo como dantes no quartel de Abrantes", plagiando a famosa frase da Revolução Francesa. Em outras palavras, tanto na Prefeitura como na Câmara, continuarão os mesmos cargos de apadrinhados, apaniguados, cargos estes (eu disse cargos e não pessoas) servindo de troca, de barganha para dividendos políticos a quem interessar possa. Lamentável, profundamente lamentável se isso tudo se confirmar. E encerro lembrando mais uma coisa que o Leandro Pinheirinho disse com sábias palavras e com muita razão na sessão de ontem: "Temos que começar por aqui em Serra Negra a mudança de atitudes. Não interessa a nós Brasília. Temos que começar a mudar por aqui".  

3 comentários:

Iza Bordotti disse...

Um comentário que fizeram numa pública minha, diz tudo.
Pode pedir pela lei de acesso a informação todos os dados que quiser e eles são obrigados a fornecer sob pena de improbidade.

Fica a dica para o presidente e demais

lara england disse...

acidade abrantes fica em portugal bem como o quartel...não te nada haver com revolução francesa.....grande engano

Lauro disse...

--- Desculpe Iara. A confusão foi minha :

A expressão “Tudo como dantes no quartel de Abrantes” significa que tudo permanece sempre na mesma, sem alteração.
Depois que falhou a reação militar das monarquias européias contra a Revolução Francesa e seus ideais republicanos, Napoleão consolidou seu poder e tratou da conquista territorial da Europa em todas as direções.
Napoleão ordena a Portugal que feche seus portos aos navios ingleses (com quem a França estava em guerra aberta). D. João, o Príncipe Regente, resiste, manobra, negocia, adia. A decisão portuguesa de manter a neutralidade deixa Napoleão impaciente e ele ordena que o general Jean Andoche Junot leve 28 mil homens para atacar Portugal.
Em 1807, uma das primeiras cidades a serem invadidas pelo general Junot, braço-direito de Napoleão, foi Abrantes, a 152 quilômetros de Lisboa, na margem do rio Tejo. Lá instalou seu quartel-general e, meses depois, se fez nomear duque d’Abrantes.
O general encontrou o país praticamente sem governo, pois, na véspera, toda a Corte portuguesa havia embarcado rumo ao Brasil, às pressas e sem muita organização, em 35 navios mercantes e de guerra, disposta a levar a Rainha e o Príncipe para estabelecer a capital do Reino português em suas terras brasileiras, longe do poder napoleônico e mantendo o poder da família de Bragança.
Junot assume a Regência em Portugal, em nome de Napoleão, e declara findo o reinado da família Bragança. Durante a invasão, ninguém em Portugal ousou se opor ao duque. Abandonada pela Corte, reprimida pelos franceses, a população fica revoltada em vários pontos do país. E a resistência é heróica, permanente, muitos lugares ao mesmo tempo. Foram esses focos de rebelião populares que permitiram às forças inglesas planejar um assalto por mar ao território português. A 6 de agosto de 1808, o general inglês Arthur Wellesley (futuro Duque de Wellington) desembarca na Baía de Vagos e começa o longo processo de reação aos franceses.
O descontentamento popular acabou por livrar Portugal da ocupação, mas suas igrejas, seus palácios, suas riquezas, tudo fora parar na França. Para trás ficara a destruição e a desorganização social. O esgotamento dos bens de consumo, a falta de alimentos, a ausência de autoridade, a falta do Rei e da Corte, tudo interferiu para criar-se uma Constituição que pretendesse transferir o poder legislativo para um Parlamento e proclamar a República. Liberais e Absolutistas entraram em choque, veio a guerra civil que adiou mais ainda o progresso português e sua estabilidade social.
Até que, pressionado, o rei D. João voltasse, trouxesse de volta a Corte, e imaginasse ser possível fazer do Brasil, novamente, uma colônia. Mas não podia e bem cuidou de deixar um filho em terras brasileiras para construir uma nova nação.
Mas no quartel de Abrantes, tudo estava como dantes, na mão dos militares franceses. Depois, esse dito tornou-se um provérbio (“Tudo como dantes no quartel de Abrantes”) com o significado de inoperância e inconformismo.
A quem perguntasse como iam as coisas, a resposta era sempre a mesma: “Esta tudo como dantes no quartel d’Abrantes”. Até hoje se usa a frase para indicar que nada mudou.
(Fonte: Baseado em textos da Internet)