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sábado, 30 de dezembro de 2017

. . . que confiança sim, dúvida jamais

--- Quem acompanha o blog leu outro dia que há um seguidor anônimo que faz comentários interessantes em suas observações mas a sua grande maioria não libero justamente por ser anônimo. Ele acaba de mandar mais uma de suas observações e essa vou liberar na íntegra para depois fazer a minha observação em cima de seu comentário. Eis:


"Muito válida essa fiscalização do Legislativo, mas apoiar a ação do Ministério Público é muito ingênuo, não é não? Gratificações, auxílios e indenizações pagos a membros do Ministério Público de São Paulo fizeram com que 97% deles recebessem, em 2.015, vencimentos acima do teto do funcionalismo público, estipulado em R$ 33,7 mil.
O dado é de pesquisa realizada na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo pela pesquisadora e advogada Luciana Zaffalon.
Chamadas informalmente de 'penduricalhos', essas verbas são previstas em lei ou em decisões judiciais. Na prática elevam vencimentos da categoria muito acima do limite constitucional. Quem vai fiscalizar o Ministério Público? Quem vai impedir promotor e juízes de legislar em causa própria? Dar plenos poderes a um dos Poderes desequilibra. Muito cuidado nessa hora. Mesmo porque você acha que os políticos poderosos locais inclusive não têm interlocutores e apoiadores no Ministério Público?"

* Agora venho eu para tentar responder aos seus pontos observados. Você pode sim ter razão em relação às autoridades constituídas de outros locais e até do STJ, aliás, principalmente lá. Não em relação a Serra Negra. Reconheço a capacidade profissional, a honestidade, a imparcialidade e independência de nossas 3 autoridades judiciais maiores que conheço pessoalmente (Juízes Dra. Juliana Maria Finati, Dr. Carlos Eduardo Silos de Araújo e Promotor Dr. Leonardo Carvalho Bortolaço) e confio plenamente em suas atuações e julgamentos, não se deixando influenciar por postos políticos, por "políticos poderosos locais" ou interferências externas prejudiciais a aplicação da lei em nome da ordem e da justiça e tenho certeza que jamais legislariam em causa própria. Por isso o apoio, a cobertura e a atenção que poderão dar, e certamente darão, às ações e denúncias do "Observatório Ético", procedimentos estes que serão isentos de qualquer dúvida, desde que acompanhados das devidas documentações comprobatórias.

3 comentários:

Lauro disse...


--- RECADO: MEU CARO, ASSINA SEU NOME NO QUE VOCÊ ESCREVE QUE EU LIBERO SEU COMENTÁRIO.
Será que você faz parte da profissão que envolve o judiciário local e seria por isso que não assina?

Lauro disse...

--- Tá bom... que vá então :


Caro, Lauro, muito bom! O que está em questão não é a idoneidade do Judiciário local. O que está em questão são os salários e mordomias do Judiciário de forma geral. Como pode um poder questionar o outro se ainda não faz também o dever de casa? Qual a moral tem um poder de questionar o salário do outro e seus rendimentos se o seus também podem ser questionados do ponto de vista moral? Há mordomias e exageros que são pagos também com impostos do cidadão. Veja, caro, essa matéria sobre os salários do Judiciário na Suécia. Se queremos um Legislativo com salários compatíveis aos de países desenvolvidos e mundialmente reconhecidos como éticos e morais, temos de exigir o mesmo do Legislativo e Executivo. Desafio o Judiciário a recusar salários que excedem o teto. Independentemente se são membros do judiciário local ou não. http://www.claudiawallin.com.br/2015/08/27/isto-e-imoral-juiz-sueco-analisa-rendimentos-de-moro-e-colegas/

Anônimo disse...

Valeu, Lauro, mostrou bom caráter. Feliz Ano Novo