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terça-feira, 10 de agosto de 2021

. . . que não só de discurso vive uma autoridade

 --- Chegou agora à tarde por e-mail após a postagem do tópico anterior :

"Em primeiro lugar Lauro, gostaria de pedir que esse relato ficasse no anonimato,pela minha segurança!

Bom, sou funcionária pública e venho por meio dessas palavras relatar algumas coisas que andam acontecendo desde a nossa volta à escola! 
Primeiro: As crianças voltaram de forma escalonada, respeitando as normas de segurança, mas... há duas semanas, foram tiradas algumas  funcionárias das escolas para irem cobrir em outra; mas tudo isso porque tem funcionárias de escola em 'desvio de função' trabalhando no Centro de Convenções, na vacina (onde foi oferecido a todas funcionárias), mas até então não sabíamos que era contado como horas extras e ganharia almoço! Pois bem, onde quero chegar? Acontece que  funcionárias a menos na escola resulta em: horário de almoço na parte da manhã e detalhe (cortaram nosso direito de comer na escola) se eu tiver sede, dor de barriga, precisar levar outra criança ao banheiro, pedir para as crianças manterem distanciamento, ficarem de máscara, zelar para que não se machuquem, não se abracem, não troquem brinquedos e muito mais que exige cuidados,...... NÃO É POSSÍVEL! As perguntas são: pode uma pessoa trabalhar sozinha em sala, com tais crianças? Quem responderá pela gente se algo grave acontecer? A quem recorremos caso precisemos de ajuda na sala? Isso está no estatuto da criança? Não é falta de vontade de trabalhar, são as condições impostas que nos deixam desanimadas! Não pode comer, não pode tomar café (nós compramos o café e o açúcar), não pode atrasar, tem que limpar sala, limpar parque, os brinquedos, a sala, e ainda zelar para que nada aconteça às crianças! E isso pelo jeito, é só o começo do tal 'coronelismo' já que teremos 3 longos anos pela frente. Como se não bastasse tudo isso, não podemos sequer levar nossos filhos ao médico, pois não aceitará declarações para pagar depois! Relatando novamente que não é 'corpo mole' ou "falta de vontade", mas sim, as objeções que estamos sujeitos a passar, ultrapassando os limites da educação e da empatia com os funcionários! Se sempre teve 2 funcionárias por sala, para justamente uma auxiliar a outra, pra que dificultar que exerçamos nosso trabalho, afinal, se por lei são duas pessoas, ou diminui o número de crianças, mas fazer o impossível, correndo o risco de algo acontecer, é desumano! Me desculpe o desabafo, mas tem coisas que nos deixam frustadas e perplexas com tal posição da administração, pois um governo justo inclui zelar para o bom funcionamento de ambas as partes, mas com a classe mais baixa dos funcionários não é bem isso que acontece! Desde já, agradeço a discrição já que não podemos nem falar, que já somos punidos! OBRIGADA."

* Olha aí Prefeito Elmir Chedid... Fazer discurso bonito e inflamado perante o governador você faz e atender, respeitar e melhorar as condições de seus subalternos??? Nada??? Cadê aquele Deus que você disse em sua live, estar com Ele??? Deus prefere os trabalhadores humildes da vinha  e não os governadores do Estado. O relato e testemunho acima são dramáticos e as consequências podem não ser boas. 

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