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terça-feira, 11 de abril de 2023

. . . mais um bom comentário em nossa "Tribuna"

--- Chegou via zap agora à noite:

                                                     Estância

Segundo o dicionário Aurélio, em seu verbete "estância", transponho aqui, o registro encontrado com um dos seus significados. O significado destacado, nos oferece a oportunidade de refletir sobre a nossa Serra Negra, como bem coletivo.  - Estância: lugar para o qual alguém viaja e permanece durante um tempo: estância turística; estância para tratamento de doenças. Aqui, cabe um esclarecimento – Recentemente, surpreendeu-me um fato, causando-me todo tipo de pensamento desagradável - perdemos a qualidade de "Estância".

O excelente “Aurélio” veio incitar - me a pensar sobre a responsabilidade daqueles, que deixaram de regularizar de forma competente, a nomenclatura que nos foi conferida, como condição inabalável , quando reconhecemos que na história da cidade, o título a ela conquistado e do qual fomos agraciados por meio de inúmeros esforços de muitos, os quais perceberam quanto benefício a mãe natureza nos entregara sem assinarmos um contrato de preservação do seu relevo, vegetação, águas, resultando nas condições climáticas tão admiradas,  que fez da "Estância de Serra Negra", uma cidade reconhecida no Brasil.

Aqui temos o histórico e agora, tomo por empréstimo a teoria freudiana, a qual analiso o "ato falho" cometido, pois se a palavra "Estância" foi esquecida, o ato guarda em si, o desejo reprimido. Omitiram o que já sabem. Os responsáveis por esse ato, assumiram agora, que permanecemos dentro de uma categoria, na qual tanto turistas, quanto moradores, estão desprotegidos. Isto é, sem segurança básica na saúde, quando nos referimos ao hospital. 

Os turistas vêm sendo enganados, pois não sabem da precariedade do hospital local.  Trago um outro oportuno exemplo, cito o agravante desleixo do Parque São Luís, pelo completo abandono de um dos mais sucateados cartões postais, que um dia, deu vida à cidade, agora choca moradores e turistas incautos.  

Fica mais honesto perdermos a categoria de "Estância", afinal todo o comércio existente nasceu, cresceu e enriqueceu graças à benevolência da natureza descoberta pelos nossos antepassados, há pouco tempo atrás.

Há sim, um grupo de comerciantes, que se abriram para uma vertente da agroecologia, fortalecendo todo o sistema ecológico, retornando à terra (não só colher do fruto), mas a proteção tão merecida para quem pretende continuar a desfrutar desse quase paraíso. Há pessoas voltadas ao ecoturismo com responsabilidade social, pensando no futuro.

No entanto, há uma réplica de uma fonte, a qual pode agradar todos aqueles que sonham com a Bella Itália, sem nunca pensarem, nos estudos e planejamento que a verdadeira fonte construída foi idealizada, em um contexto e localização, a qual muitos desconhecem. Para tantos outros, ao analisarem o atual contexto, na qual foi construída, destoa de tudo o que a mãe natureza nos deu de graça. Toda nova obra ou reforma precisa ser planejada e colocada em discussão para que todo e qualquer contribuinte da nossa cidade possa validar uma ideia. Sendo assim, uma obra como essa, não terá o prestígio em validar o verdadeiro significado de nossa história. 

Precisamos reconquistar o nosso lugar de 'Estância", que outrora, por meio de muitos consolidaram esse status, pensando no futuro, para que mantivéssemos esse título. Infelizmente, outros tantos, apenas se enriqueceram graças ao passado, sem valorizá-lo.

Acredito em uma grande vantagem - Podem destruir fontes de referência:  livros, imagens, as atas, como já ocorreu em uma gestão não tão longínqua assim, tentando apagar a prova de quem somos nós e como a nossas vidas foram construídas, mas nunca destruirão nossa memória.

Lauro, se achar adequado publique. Muito obrigada. Um abraço. 

Ligia Lamari.

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