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sábado, 17 de junho de 2023

. . . uma matéria digna de ser lida

                                    AS  MOEDAS  DA  FONTE

Serra Negra era assim... névoa nas ruas, geada pela madrugada e manhã. O inverno começava em maio e terminava no final de agosto. Mas, setembro, manhãs e noites frias.

Até durante o verão, à noite, saíamos com roupas de acordo com a temperatura, pois, depois do sol desaparecer, usávamos cardigans leves. Falo dos anos 60 e 70, beirando os 80. 
Uma vegetação extensa dominava a paisagem. Ruas com paralelepípedos dando vazão à água da chuva - menos enchentes e abastecimento natural do nosso maior reservatório de água, os nossos lençóis freáticos, do Aquífero Guarani. Pensem no aquecimento global e na preservação como bem maior. 
Os turistas vinham buscar a beleza da natureza, nos jardins parques e montanhas. As águas eram o cartão de visita da cidade pela pureza e benefícios. Mas, alguns preferiram transformar a cidade em um shopping, esquecendo que o comércio só prosperou por causa das riquezas naturais. Agora, se deliciam até com as moedas da fonte e a lotação de 80.000 pessoas. Turismo combina com dinheiro, mas tem que equilibrar com a qualidade de vida de todos os habitantes. Não se impressionem, agora temos apenas uma ondinha de frio, o verão chegará antes da hora. As moedas da fonte irão esquentar ao sol e quem quiser pegá-las, reza a lenda - queimará a palma da mão, na qual ficará em brasa escrito "Cidade da Saúde." 
Ass.:  Ligia Maria Lamari

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