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quarta-feira, 1 de novembro de 2023

. . . esse artigo que acabei de escrever (*)

                                           UM  SONHO

                                                     Lauro J. Amabile Corrêa

“--- Hoje eu tive um sonho, que foi o mais bonito que sonhei em toda a minha vida”... Assim começa a música do Roberto e assim começa este relato. Para tristeza de alguns e talvez alegria de muitos, sonhei que eu tinha partido, que tinha chegado a minha vez e até vi de uma certa altura a tentativa de me trazerem de volta sem sucesso... E comecei uma viagem vertiginosa e fantástica por entre nuvens e após elas a visão de algumas sombras se aproximando e se tornando vultos, muito parecido com o final do filme Ghost... Só que na tela o filme acabou aí. Comigo não! Comigo comecei a ter a agradável percepção de estar deixando pra trás um mundo em guerra, frio e sem calor humano, em que o ódio está superando o amor, a ganância do poder valendo mais que a licitude, a falcatrua imperando e novamente o Messias sendo traído por 30 dinheiros.

As sombras e vultos, na medida em que se aproximavam iam se materializando e se identificando numa verdadeira comissão de recepção e a sensação de plenitude, de alegria e de felicidade foi se avolumando quando suas fisionomias começavam a se desenhar... e comecei a reconhecê-los com o coração disparado e a emoção em seu ápice que provocaram lágrimas em um êxtase supremo. De mãos dadas meu pai e minha mãe em primeiro lugar, depois meu sogro e minha sogra abraçados, meus tios, primos, parentes e amigos até do futebol que chegaram antes neste mesmo lugar celestial, perfumado e colorido por flores, jardins e fontes borbulhantes...

Eu não andava, não corria, não voava, apenas flutuava levado por suave brisa e a maravilhosa emoção de perceber que começava ali a imortalidade num local de muita paz, amor, plenitude e felicidade suprema... concluindo ser esse o prêmio de uma vida terrena trilhada com muito esforço e alguns deslizes  pelo caminho do bem e da honestidade, conforme o biblicamente prometido. E quando estava prestes a começar a visão de uma forte luz que se aproximava num pressentimento interior da presença beatífica do SER MAIOR.... o rádio-relógio soou na cabeceira e o sonho acabou. Que pena que foi apenas um sonho... Mas será que ele acabou mesmo? Será que foi realmente apenas um sonho... ou um prenúncio?

Isso fica por conta da realidade do futuro!

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(*) Simbolicamente em homenagem ao dia de amanhã.

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