Total de visualizações de página

terça-feira, 8 de abril de 2014

. . . mais um que merece tópico


"O problema do hospital que se arrasta há anos é decorrente do desinteresse político em encontrar uma solução definitiva. Fechá-lo ou não seria só uma consequência de uma decisão maior em benefício da sociedade. Manter um hospital sofisticado com todas as condições necessárias para garantir o melhor atendimento, incluindo uma Unidade de Terapia Intensiva, é, acredito, inviável do ponto de vista custo/benefício numa cidade com 25 mil habitantes. Mas se houvesse um hospital nessas condições na região, capaz de atender a toda a população local, e ambulâncias devidamente preparadas nas unidades de atendimento médico locais para transferir os casos graves para um hospital regional, talvez funcionasse melhor. Essa é apenas uma sugestão de pessoa leiga no assunto. Certamente, se houvesse interesse efetivo, a solução apareceria. A saída está na unificação dos esforços na região. Mas como obter um entendimento político se o que está em jogo são interesses tão antagônicos e ambições eleitorais incompatíveis com parcerias partidárias e políticas? O Circuito das Águas, que se denomina a região da saúde, deveria ter uma estratégia unificada para a saúde. Será que não vale para a área da saúde a máxima da eficiência pela demanda? O custo benefício de manter aparelhos sofisticados, infraestruturas mais adequadas, médicos especializados é muito mais eficiente quando há ganhos de produtividade por serviço e atendimento. Por que a área da saúde não pode falar em produtividade e qualidade e deixar o assistencialismo e a medicina paliativa de lado? Porque, é claro, há interesses políticos. Interesses de autoridades que querem ganhar aplausos com as migalhas recebidas de outras esferas de poder. As discussões sobre esse assunto parecem tão primárias que ficamos entre a incompetência e a falta de interesse político. No caso, fico com as duas hipóteses".

3 comentários:

Anônimo disse...

Como falar em eficiência, se o presidente da Câmara entre seus argumentos alega que o hospital precisa manter as portas abertas para garantir o emprego de 97 funcionários e o sustento de suas famílias. Se a empresa do excelentíssimo presidente estivesse dando prejuízo, ele manteria as portas abertas para garantir as vagas dos empregados? Talvez sim. Mas se fosse inteligente, arrumaria outro negócio, mais rentável, para empregar seus funcionários e obter lucro. Um hospital não pode funcionar por causa de 97 famílias em detrimento de outras 24.900. Não é defesa do fechamento, mas da busca de alternativas eficientes e benéficas para todos. É incrível como a eficiência serve para a iniciativa privada, mas não para o setor público. No discurso, ele enfatiza as verbas que estão por vim. Fala ainda de saudosismo e que a população fica entristecida em fechá-lo por tudo o que representa do ponto de vista sentimental. Como podemos manter um hospital aberto só porque a mãe, o pai ou a bisavó nasceu lá? Para isso, mantenha o imóvel e o transforme num museu, função, aliás, que desempenharia muito bem, mesmo porque se trata de um prédio arquitetonicamente bonito. Chega de amadorismo. Precisamos de mais profissionalismo no setor público. Outro vereador argumenta que os usuários da Unimed vão para Amparo e com isso pouco contribuem para a maior rentabilidade do hospital. É também uma questão de mercado. Se o serviço na outra cidade tem mais credibilidade e é melhor do que o daqui por que contrataria este? Não argumente que é similar. O atendimento em Amparo não é primeiro mundo, mas certamente é mais eficiente do que o daqui. Quem paga quer o melhor. Conclusão: se esse povo fosse da iniciativa privada, estava demitido.

marino disse...

O ANONIMO DAS 15.59 É CLARO E TEM UMA POSIÇÃO SEM DUVIDA COERENTE DE COMO DEVE SER A POLITICA DE SAÚDE .
ESCREVENDO UM TÓPICO DE TAL RELEVÂNCIA NÃO VEJO O PORQUE DO ANONIMATO.

E POR ULTIMO DIGO AO SENHOR QUE É POSSÍVEL EM UMA CIDADE DE 25 MIL PESSOAS TER UM SERVIÇO MEDICO A ALTURA PARA SALVAR VIDAS E DAR TRATAMENTO ADEQUADO A SAÚDE , MAS PRECISA DE PROFISSIONALISMO E VONTADE POLITICA .
O QUE ASSISTIMOS AQUI EM SERRA É UM LAMENTÁVEL EXERCÍCIO DE EGOCENTRISMO EXACERBADO ALIADO AO POVO ELEITOR SEM ESCLARECIMENTO AO MINIMO.

Abner Di Siqueira Cavalcante - "o Forasteiro" disse...

Anônimos (não sei ainda porque). Vocês tem razão no que falam e é por isso que argumento com muitos anos trabalho na área da saúde. Vejam! Existe o que chamamos na saúde de "REGIONALIZAÇÃO". caso tivéssemos aqui um Hospital devidamente equipado com UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA, UTI neonatal com dois leitos para adultos,como me fora prometido se atingíssemos os 100 leitos e quase o fizemos mas não deixaram, a renda do Hospital poderia dobrar com a ajuda da o Estado Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Nossa maternidade foi construída para ser regional no trato de doenças para mulheres. Porque não foi? Respondo. Quem pagaria os médios especializados e equipamentos necessários na detecção de tumores de mama? Alguém fala nisso? Não porque não entendem nada de saúde, mas pensam em permitir o fumo em todos os ambientes do Hospital. É risível!!!!! Como vocês de Serra Negra, que nos mandam embora, querem ou tentam gerenciar um Hospital se não sabem nada sobre a própria saúde e higiene? Agora critiquem, porque escutar a verdade dói para os imbecis invejosos e politiqueiros da pior qualidade.