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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

. . . a previsão da hecatombe

Depois deste texto Arnaldo Jabor não precisa escrever mais nada. 


A divulgação deste texto, cuja indignação deve ser equiparada à do famoso discurso de Rui Barbosa proferido no Senado em 17 de dezembro de 1914, pode e deve ser feita. Será mais uma tentativa de sensibilizar àqueles que ainda não atentaram para os riscos que corre nossa Pátria nas mãos de seus atuais dirigentes.
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Ai de ti, Brasil! 


 

 Ai de ti, Brasil, eu te mandei o sinal, e não recebeste. Eu te avisei e me ignoraste, displicente e conivente com teus malfeitos e erros. Ai de ti, eu te analisei com fervor romântico durante os últimos 20 anos, e riste de mim. Ai de ti, Brasil! Eu já vejo os sinais de tua perdição nos albores de uma tragédia anunciada para o presente do século XXI, que não terá mais futuro. Ai de ti, Brasil – já vejo também as sarças de fogo onde queimarás para sempre! Ai de ti, Brasil, que não fizeste reforma alguma e que deixaste os corruptos usarem a democracia para destruí-la. Malditos os laranjas e as firmas sem porta.

Ai de ti, Miami, para onde fogem os ladrões que nadam em vossas piscinas em forma de vagina e corcoveiam em “jet skis”, gargalhando de impunidade. Malditas as bermudas cor-de-rosa, barrigas arrogantes e carrões que valem o preço de uma escola. Maldita a cabeleira do Renan, os olhos cobiçosos de Cunha, malditos vós que ostentais cabelos acaju, gravatas de bolinhas e jaquetões cobertos de teflon, onde nada cola. Por que rezais em vossos templos, fariseus de Brasília? Acaso eu não conheço a multidão de vossos pecados???

Ai de vós, celebridades cafajestes, que viveis como se estivésseis na Corte de Luís XIV, entre bolsas Chanel, gargantilhas de pérola, tapetes de zebra e elefantes de prata. Portais em vosso peito diamantes em que se coagularam as lágrimas de mil meninas miseráveis. Ai de vós, pois os miseráveis se desentocarão, e seus trapos vão brilhar mais que vossos Rolex de ouro. Ai de ti, cascata de camarões!

Tu não viste o sinal, Brasil. Estás perdido e cego no meio da iniquidade dos partidos que te assolam e que contemplas com medo e tolerância? Cingiram tua fronte com uma coroa de mentiras, e deste risadas ébrias e vãs no seio do Planalto. Ai de vós, intelectuais, porque tudo sabeis e nada denunciais, por medo ou vaidade. Ai de vós, acadêmicos que quereis manter a miséria “in vitro” para legitimar vossas teorias. Ai de vós, “bolivarianos” de galinheiro, que financiais países escrotos com juros baixos, mesmo sem grana para financiar reformas estruturais aqui dentro. Ai de ti, Brasil, porque os que se diziam a favor da moralidade desmancham hoje as tuas instituições, diante de nossos olhos impotentes. Ai de ti, que toleraste uma velha esquerda travestida de moderna. Malditos sejais, radicais de cervejaria, de enfermaria e de estrebaria – os bêbados, os loucos e os burros –, que vos queixais do país e tomais vossos chopinhos com “boa consciência”. Ai de vós, “amantes do povo” – malditos os que usam esse falso “amor” para justificar suas apropriações indébitas e seus desfalques “revolucionários”.

Ai de vós, que dizeis que nada vistes e nada sabeis, com os crimes explodindo em vossas caras.

Ai de ti, que ignoraste meus sinais de perigo e só agora descobriste que há cartéis de empresas que predam o dinheiro público, com a conivência do próprio poder. Malditas sejam as empresas-fantasma em terrenos baldios, que fazem viadutos no ar, pontes para o nada, esgotos a céu aberto e rapinam os mínimos picuás dos miseráveis.

Malditos os fundos de pensão intocáveis e intocados, com bilhões perdidos na Bolsa, de propósito, para ocultar seus esbulhos e defraudações. Malditos também empresários das sombras. Malditos também os que acham que, quanto pior, melhor.

A grande punição está a caminho. Ai de ti, Brasil, pois acreditaste no narcisismo deslumbrado de um demagogo que renegou tudo que falava antes, que destruiu a herança bendita que recebeu e que se esconde nas crises, para voltar um dia como “pai da pátria”. Maldito esse homem nefasto, que te fez andar de marcha à ré.

Ai de ti Brasil, porque sempre te achaste à beira do abismo ou que tua vaca fora para o brejo. Esse pessimismo endêmico é uma armadilha em que caíste e que te paralisa, como disse alguém: és um país “com anestesia, mas sem cirurgia”.

Ai de vós, advogados do diabo que conseguis liminares em chicanas que liberam criminosos ricos e apodrecem pobres pretos na boca do boi de nossas prisões. Maldita seja a crapulosa legislação que vos protege há quatro séculos. Malditos os compradiços juízes, repulsivos desembargadores, vendilhões de sentenças para proteger sórdidos interesses políticos. Malditos sejam os que levam dólares nas meias e nas cuecas e mais ainda aqueles que levam os dólares para as Bahamas. Ai de vós! A ira de Deus não vai tardar...

Sei que não adianta vos amaldiçoar, pois nunca mudareis a não ser pela morte, guerra ou catástrofe social que pode estar mais perto do que pensais. Mas, mesmo assim, vos amaldiçoo. Ai de ti, Brasil!

Já vejo as torres brancas de Brasília apontando sobre o mar de lama que inundará o Cerrado. Já vejo São Paulo invadida pelas periferias, que cobrarão pedágio sobre vossas Mercedes. Escondidos atrás de cercas elétricas ou fugindo para Paris, vereis então o que fizestes com o país, com vossa persistente falta de vergonha. Malditos sejais, ó mentirosos, vigaristas, intrujões, tartufos e embusteiros! Que a peste negra vos cubra de feridas, que vossas línguas mentirosas sequem e que água alguma vos dessedente. Ai de ti, Brasil, o dia final se aproxima.

Se vossos canalhas prevalecerem, virá a hidra de sete cabeças e dez chifres em cada cabeça e voltará o dragão da Inflação. E a prostituta do Atraso virá montada nele, segurando uma taça cheia de abominações. E ela estará bêbada com o sangue dos pobres, e em sua testa estará escrito: “Mãe de todas as meretrizes e mãe de todos os ladrões que paralisam nosso país”. Ai de ti, Brasil! Canta tua última canção na boquinha da garrafa.

ARNALDO JABOR

--- Estou na curva descendente da vida e meu fim está próximo e assim não terei tempo de ver e constatar a previsão do Jabor.

6 comentários:

Anônimo disse...

O povo vive reclamando dos políticos, quer políticos honestos. Entretanto, qualquer um que se movimente por uma causa e se candidate, já é carimbado de oportunista e ladrão, "quer entrar na política para roubar" e defender interesses pessoais. Isso é esquizofrenia pura, povo esquizofrênico, doente.
Se o candidato é pobre, vai ficar rico, roubando na política. Se o candidato é rico, não precisa da política ou, está entrando para defender interesses pessoais. Se trabalha em alguma ação coletiva, está lá com algum interesse. Se não trabalha, é omisso, nunca fez nada por ninguém. Precisamos nos decidir ou o território será ocupado por invasores, saqueadores e a pilhagem será muito maior do que o que está aí.

Anônimo disse...

Passei anos falando do "bug do milênio", depois do fim do mundo em 2000, 2012 e agora tenho de aguentar os catastrofistas de plantão. Fazer o quê. É isso que dá IBOPE. Nostradamus já sabia disso e deixou um texto pronto que o consagrou por milênios. Prefiro despertar todos os dias, dar de cara com olhar esperançosos dos meus filhos, seguir a vida bendita para quem nela acredita e confiante que não há bem que sempre dure nem mal que sempre perdure e que a história da humanidade é feita de altos e baixos e muito aprendizado. Maldizer a vida pode dar IBOPE mas faz mal para a alma. Que fique Jabor com suas profecias que eu aqui prefiro minhas alegrias. É possível manter a capacidade de se indignar, separar o joio do trigo, distinguir o certo do errado sem maldizer, sem malquerer, sem ser infeliz.

JOSHUA BEN PANDIRA disse...

ARNALDO JABOR EU ....DAQUI DE ONDE ESTOU VOS ABENÇOU-O E CONFIRMO AS TUAS PREDIÇÕES.......

Anônimo disse...

Vai dar é BOPE, isso sim!

Anônimo disse...

Vai dar BOPE mesmo e, segundo notícia fresquinha, não salva nem o "príncipe da intelecutalidade"....

Laudo da Polícia Federal, na Operação Lava Jato, revela que a Construtora Norberto Odebrecht – sob suspeita de ter integrado o cartel de empreiteiras em esquema de corrupção na Petrobrás – pagou R$ 975 mil ao Instituto Fernando Henrique Cardoso, entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012. Foram 11 pagamentos mensais de R$ 75 mil e um de R$ 150 mil.

Anônimo disse...


O que era manchete virou mentira de rodapé. Em nome do bom jornalismo, Lauro, vamos compartilhar para que ninguém tenha dúvida de que o jornalista Lauro Jardim cometeu um grande equívoco quando disse que Fernando Baiano envolveu o filho de Lula na Lava Jato. A população está formando opinião com base em informações duvidosas, depoimentos falsos, acreditando que seu ódio baseado em mentiras vai ajudar a passar o Brasil a limpo, penalizando políticos de um único partido, sendo que no outro partido, os líderes também recebem dinheiro de empreiteiras, como FHC, e emprestam seus aviões públicos aos amigos artistas, caso do garotão mauricinho Aécio Neves. Enquanto isso, quem leva a fama é o filho do Lula e uma nora que nem o nome o jornalista sabia nem se deu conta de apurar antes de espalhar a mentira.

"Menos de um mês depois da estreia triunfal do colunista Lauro Jardim, egresso de Veja, o jornal O Globo, da família Marinho, se retrata em sua primeira página para evitar uma dura condenação cível e criminal; no dia 10 de outubro, Jardim deu o "furo exclusivo" da delação de Fernando Baiano, que envolveria o pagamento de R$ 2 milhões a Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula; a verdade, no entanto, é outra: Fábio não foi nem citado por Baiano, em nenhum de seus depoimentos; neste domingo, o Globo se retratou; resta ver se demais veículos de comunicação que se deixaram cegar pelo ódio a Lula também pedirão desculpas nos próximos dias."