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terça-feira, 28 de novembro de 2017

. . . que não sou intransigente

--- Lembram-se que outro dia quando fiz menção a determinados "Anônimos" dizendo que escrevem bem, com conhecimento de causa e que não assinavam seus nomes? Pois bem! Um deles novamente mandou comentários e até diz que não são mesmo para serem publicados, mas resolvi lhe dar essa colher de chá para provar que não sou intransigente e para que os leitores sintam o quê eu quis dizer. Também para demonstrar que não publico quando me criticam. Este é um crítico meu ferrenho e contumaz, só que dentro do respeito, da ética e da educação, sem agressividade e sem ofensas pessoais. Gostaria muito de conhecê-lo pessoalmente (se é que já não o conheço) e que ele fosse aqui um colaborador com nome assinado ou com pseudônimo cadastrado. Aí vão então dois de seus comentários cultos e inteligentes que acabaram de chegar em tópicos diferentes hoje editados sobre a política local:

"Onde está o povo? Ariando as panelas usadas para tirar a presidente Dilma. A cidade reflete esse país de gente analfabeta política. Acharam que eram os justiceiros quando saíram às ruas manipulados por alguns movimentos como MBL, agora, são incapazes de se levantar contra um legislativo pífio como o de Serra Negra e sequer repudiar as reformas desse governo Temer ilegítimo. Sem falar nos aumentos do preço de combustível que aliás foi um dos combustíveis para o movimento que colocou Temer no poder e agora não suscita a menor indignação pública, incluindo do dono desse blog, que, me desculpe, se finge de morto quando o assunto é governo federal. Nós merecemos. Se fizemos um papelão com o impeachment por que faríamos melhor com esse legislativo local representado em sua maioria por políticos que apoiam a base do governo Temer. Acorda, Lauro. Vamos estudar, vamos nos informar antes de sair xingando, criticando e achando que o grande problema nacional são a corrupção e o desvio de verbas. Antes de olhar para isso, é preciso mudar nossa mentalidade. Não, não é a corrupção o maior dos males. A corrupção é um mal a ser combatido sem trégua. Mas a prioridade é a mudança de cultura, de conceitos e valores. Vivemos num país de classe média medíocre que não se importa que com a nova reforma trabalhista, haverá trabalhadores sem emprego fixo e que terão de pagar 8% de sua renda mesmo ganhando menos do que um salário mínimo. São medidas que vão levar ao empobrecimento da população. População pobre não tem renda para gastar. Mas o mais importante – triste classe média - é a meritocracia. Queremos uma sociedade para os merecedores, ou seja, os melhores nascidos. A classe média que paga escola particular, planos de saúde e frequenta clubes não se importa com serviços públicos. Aliás pagar por seus serviços é uma forma de se diferenciar. Essa é a mentalidade. Não se importa que vão sucatear o SUS - conforme indicam os planos do governo federal - para substituí-lo por planos de saúde populares. Não se importa que Alckmin planeja privatizar as escolas públicas - projeto já em andamento – e muito menos com as artimanhas do atual governador e o mercado financeiro para disputar a presidência em 2018. Os vereadores são representantes legítimos dessa classe média medíocre e analfabeta política. Aliás é dela de onde saíram. Não dá para pensar o micro sem olhar para o macro. Não escrevo para você publicar, só para te informar mesmo. Falta informação, meu caro blogueiro." 

"Classe média desinformada, mentalidade e valores distorcidos, intelectualmente despreparada. É uma explicação tão simples, mas muito difícil de mudar. É problema de cultura e educação. Infelizmente, Toco e a maioria dos outros vereadores têm a mesma origem e a mesma educação. Aliás, esse é o perfil do serrano e do brasileiro de classe média de forma geral. É por essas e outras que não me identifico aqui. Difícil dialogar. Quem pensa diferente e que valoriza a redução da desigualdade, o investimento em serviços públicos, transporte, saúde e educação, os programas sociais para melhorar as famílias menos favorecidas e a inclusão é chamado de petralha, comunista, entre outras irracionalidades típicas de classe média que só fica repetindo feito papagaio corrupto, corrupto, corrupto. A corrupção tem de ser combatida, sim. O desvio de dinheiro e a gastança também. Mas não chegaremos lá sem olhar em volta, olhar o outro, enfrentar a desigualdade e compensar os desprivilegiados. Enfim, uma discussão sem fim com essa classe média retrógrada. Sem essa mudança cultural e educacional, meu caro, continuaremos enxugando gelo. Abs." 

Um comentário:

Anônimo disse...

Pelo linguajar, não se trata de alguém que se identifica com a massa da cidade. Refinado demais para respeitar o povão que move este País. Sem duvida outro aristocrata não faz falta, assim como o Lula também não faz. O que precisamos é de gente que resolve problemas não de gente que os aponta. Este país esta cheio do tipo (Eu sabia, eu não tinha duvida que isto fosse dar merda), contudo nada fez nada para que não desse merda. Este País precisa de gente de raça, de fibra que mata a cobra e mostra o pau. Tem medo de mostrar a cara? Não serve para Serra Negra e nem para o País. Pode ser que eu esteja errado, contudo é minha opinião. Edison...